O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Edson Fachin reduziu a pena de Marcelo Odebrecht na Lava-Jato de dez anos para sete anos e meio. Com isso, o ex-presidente do grupo ficará livre de qualquer restrição a partir do fim deste ano.
Marcelo conseguiu o benefício no ano passado porque atingiu a “cláusula de desempenho” que integrava seu acordo de delação com o Ministério Público Federal. A delação do executivo foi considerada efetiva pelos integrantes do órgão e a redução de pena concedida ao empresário. Marcelo foi o único entre os 77 executivos da Odebrecht que teve essa possibilidade prevista em sua delação.
Hoje, Marcelo está em regime aberto e precisa se recolher aos fins de semana e prestar serviços comunitários. O empresário trava uma guerra judicial com o seu pai, Emílio Odebrecht, e seu irmão, Maurício. Pessoas próximas à família veem a atuação de Marcelo como uma obsessão para retomar o comando da companhia. A Odebrecht foi batizada de Novonor depois do escândalo da Lava-Jato.
Como informou a colunista Malu Gaspar, em documentos protocolados na Justiça de São Paulo e na da Bahia, o empreiteiro acusa o pai e o irmão de extorsão.
O Globo