A administração municipal de São Sebastião do Umbuzeiro tem sido alvo de críticas pela discrepância entre o discurso oficial e a realidade enfrentada pela população. A atual prefeita, Adalcy Freitas, tem investido fortemente em publicidade e aparições midiáticas, buscando projetar uma imagem de eficiência, mas moradores relatam um cenário de abandono e precariedade nos serviços básicos.
Um dos exemplos mais emblemáticos é a reforma da quadra poliesportiva, divulgada como grande conquista da gestão. A obra, no entanto, é considerada por parte da população apenas uma requalificação de um projeto inacabado iniciado ainda na gestão do ex-prefeito e esposo da atual gestora. Críticos apontam que o espaço já havia recebido recursos em administrações passadas para sua conclusão, o que gera questionamentos sobre a utilização dos cofres públicos e a real prioridade da obra. “Será que o matadouro público e a quadra do distrito de Mão Beijada, também inacabados no passado, terão o mesmo destino?”, questionam moradores.
Enquanto as redes sociais e veículos de comunicação aliados exaltam feitos da gestão, o dia a dia dos cidadãos revela outra realidade. Diaristas trabalham com salários abaixo do mínimo, sem vínculo formal e com pagamentos em atraso. A farmácia básica sofre com prateleiras vazias, a frota de veículos encontra-se sucateada e diversos serviços essenciais funcionam de forma precária.
O contraste é evidente: de um lado, a construção de uma imagem baseada em fotos, publicações e propagandas institucionais; do outro, uma população que lida com a falta de estrutura, de respeito e de atenção às necessidades mais urgentes. Para críticos da gestão, o discurso de progresso perde força quando confrontado com a vida real dos cidadãos.
A avaliação recorrente é de que governar exige responsabilidade, compromisso com a prestação de serviços básicos e prioridade para quem mais precisa — pontos que, segundo relatos, têm sido deixados em segundo plano pela atual administração.