O governador João Azevêdo (PSB) criticou o reajuste dos combustíveis anunciado pela Petrobras, que entrou em vigor a partir desta sexta-feira (11), e apontou a política de preços da estatal como responsável pelo prejuízo ao consumidor. Segundo João, os Estados fizeram a sua parte ao congelar o ICMS cobrado sobre o produto.
“Os Estados estão fazendo sua parte. Desde de outubro zeramos, congelamos, os valores de cobrança do ICMS, entretanto, os combustíveis estão tendo aumentos sucessivos pelo processo que a Petrobras adotou, que é de dolarização do preço. Agora está aí, um aumento violento em função de uma guerra (entre Rússia e Ucrânia)”, disse o governador.
João Azevêdo lembrou o pacote de medidas que está em análise no Congresso Nacional para amenizar o impacto dos reajustes ao consumidor, mas também fez ponderações. “O Congresso está votando projetos sobre o combustível, mas a forma como está sendo colocada pelo governo trará um prejuízo aos Estados”, lamentou.
Na avaliação do governador, é inviável a forma como a Petrobras está conduzindo o ajuste de preços no Brasil, pois as perdas são sentidas no bolso dos consumidores. “Não dá pra conceber que a Petrobras não crie um fundo de compensação para manter e equilibrar os preços, porque, no fim das contas, somos nós que vamos pagar o aumento. Em compensação distribuiu R$ 103 bilhões entre os acionistas. Isso é que não pode”, criticou.
Redução do IPI
João Azevêdo ainda comentou a medida de redução do IPI em até 25%para os produtos e destacou que o anúncio do Governo Federal é “muito bom para determinados grupos”. “Mas temos que perguntar para onde irão esses 25%?”, questionou.
De acordo com o governador, a Paraíba acumulará perdas com a decisão. “Sabe o que vai acontecer com a Paraíba? R$ 380 milhões a menos na arrecadação ao ano. Dinheiro que iria para a Saúde, Segurança… É muito bom fazer festa com o chapéu alheio”, lamentou.
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