O vice-prefeito do município de Cacimba de Dentro, Tutuca Ferreira (Progressistas), declarou em entrevista que ocorreu compra de votos durante as eleições de 2016 na cidade do Brejo paraibano. Segundo Tutuca, o prefeito Nelinho Costa chegou a utilizar dinheiro de uma lotérica da qual é dono para realizar a ação. “E de última hora, como ele é proprietário da lotérica, ele pegou o dinheiro da lotérica, para a gente poder fazer o último final de semana, da sexta para o domingo, na reta final”, disse.
Segundo apurou a reportagem, a declaração foi dada após a equipe do programa, apresentado por Bruno Pereira, questionar sobre as informações compartilhadas sobre a situação. “2016, a gente candidato a prefeito e a vice e a campanha muito difícil contra o candidato do ex-gestor Edmilson, que Deus já o levou, campanha dificílimima, o prefeito eu já tinh gastado muito dinheiro, já tinha gastado uns R$ 300 mil na campanha, e ele eu não sei quanto ele já tinha gasto”, informou. Atualmente Tutuca e Nelinho estão rompidos.
De acordo com Tutuca, a lotérica foi a “fonte dos recursos” para compra de votos pois o outro empreendimento de Nelinha, um loja de móveis, já havia sido desfalcada. “Ele tem loja de móveis e as lojas só estavam só as paredes, não tinha mais nem móveis de tanto ele gastar na campanha”, detalhou.
Ao ser questionado pelo apresentador se compraram votos para ganhar eleição, o vice-prefeito confirma. “Muitos, muitos”. De acordo com Ferreira, o voto em Cacimba de Dentro “varia”, dependendo da “conversa, da negociata de cada um”. “Isso foi em 2016, teve casos aqui de R$ 1.000, de R$ 2.000”.
Segundo ‘Tutuca’ o valor pego na lotérica foi mais de R$ 100 mil, na reta final da campanha. “A gente gastou R$ 2 milhões de reais” (na campanha toda). “Depois que nós ganhamos a eleição ai ele foi lá e repôs. Arrumou dinheiro e repôs. Esse dinheiro foi fruto de uma aposta que tinha sido feita de R$ 50 mil”, finalizou.
Resultado das eleições em 2016
À época, Nelinho e Tutuca foram eleitos com 5.420 votos (50,88%), contra 5.232 (49,12%) votos de Marcos Firmino (MDB). Já quatro anos depois, Nelinho obteve 6.383 votos (58,41%).
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