Após o presidente Jair Bolsonaro divulgar documentos sob domínio da Polícia Federal de suposta invasão ao sistema eleitoral brasileiro, em 2018, o secretário de Tecnologia do Tribunal Regional Eleitoral da Paraíba (TRE-PB), José Cassimiro Júnior, se manifestou sobre o caso e disse, em relação à empresa terceirizada do TRE-PB, que “os dados aos quais eles tiveram acesso em nada poderia prejudicar as eleições, mesmo assim todas as aplicações (programas para eleições) foram reavaliadas e testadas como forma de garantir a inexistência de quaisquer alterações. Esse fato ocorreu em abril (de 2018), sequer as aplicações estavam prontas ainda.”
“Os programas que são desenvolvidos pelo TSE. Antes de serem assinados e lacrados em um cofre, eles são submetidos a testes, são colocados à disposição de partidos políticos, OAB, ministério público, polícia federal, durante seis meses, para que possam auditá-los em busca de eventuais falhas, intencionais ou não, garantindo, desta feita, que estão funcionando perfeitamente”, explicou José Cassimiro Júnior, ao ClickPB, nesta quinta-feira (5).
Uma empresa terceirizada que prestava serviço de manutenção à central telefônica do TRE-PB havia acessado dados aos quais não tinha permissão e o problema foi sanado, com o bloqueio do acesso. Posteriormente, o Tribunal Regional Eleitoral da Paraíba fez toda a reavalização das aplicações.
Sobre as declarações do presidente Bolsonaro, tentando colocar em dúvida o sistema eleitoral com urnas eletrônicas, o secretário de Tecnologia do TRE-PB pontuou que “o TSE que vem tomando essas providências. A única coisa que nos cabe é prestar a vocês de imprensa e a sociedade em geral as informações verdadeiras e as provas do que ocorreu e como se deu o fato, tudo de forma técnica e clara, para que todos entendam.”
Cassimiro reforçou que “as urnas são computadores ‘standalone’, elas não têm nenhum tipo de conexão de rede, seja WiFi, bluetooth, RJ45. A única forma de entrar ou sair dados das urnas é através das mídias especiais que elas possuem, cartão de memória e memória de resultado.
O secretário ainda lembrou ao ClickPB que “todos os programas usados nas eleições de 2018 estão no cofre do TSE, assinados e lacrados, para fins de novas auditorias, caso seja necessário. Todas as urnas eletrônicas usam o mesmo programa, esse que está no TSE, e pode ser conferida a assinatura digital nas urnas para provar que elas realmente usaram o mesmo programa.