Alvo de várias denúncias na Operação Calvário, que investiga fraudes milionárias na Saúde e na Educação da Paraíba, e inelegível perante o TSE (pelo menos por enquanto), o ex-governador Ricardo Coutinho sonha em ocupar uma das três cadeiras paraibanas no Senado. Mas além dos dois obstáculos já citados, ele deverá enfrentar, também, barreiras ‘domésticas’ para viabilizar o seu nome como candidato ao Senado em 2022.
É que dentro do próprio partido, o PSB, Ricardo já não tem mais a ‘mão de ferro’ com a qual comandou a legenda enquanto foi governador do Estado.
Agora o partido está sob a batuta do deputado Gervásio Maia e ele já avisou: uma candidatura ao Senado precisará passar pela análise partidária e deve observar o “sentimento de fortalecimento” da legenda.
Gervásio, que busca garantir espaço para ser reeleito na Câmara Federal, sabe que precisa priorizar as suas próprias estratégias – caso queira continuar em Brasília.
E elas podem, até 2022, entrar em rota de colisão com os planos de Coutinho.
Não por acaso o ex-governador paraibano tem buscado ‘guarita’ junto ao ex-presidente Lula e o PT. O partido poderia ser uma opção, caso as portas do PSB paraibano estejam fechadas.
O fato é que hoje Ricardo sonha com o Senado e com o foro privilegiado, mas ainda vive ‘pesadelos’ na Calvário e no TSE. Precisará se livrar deles e, quem sabe, até de sua filiação ao PSB.