O Partido dos Trabalhadores (PT) apresentou representação no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) contra o presidente Jair Bolsonaro (PL), em razão da motociata realizada entre as cidades de São Paulo e Americana na última sexta-feira (15/4). A legenda alegou que durante o evento o presidente promoveu comício e pediu votos, o que configuraria campanha eleitoral antecipada.
De acordo com os advogados Eugênio Aragão e Cristiano Zanin, que estão entre os que assinam a representação, “o envolvimento de Jair Bolsonaro foi ativo e proativo, desde o início: i) convocou publicamente o evento; ii) conduziu sua motocicleta durante todo o percurso, incitando seus apoiadores com gestos típicos de suas campanhas; c) desfilou em carro aberto e d) subiu em carro de som, pedindo votos, explícita e implicitamente”.
Os advogados também destacaram a ampla divulgação feita pela base de apoio do presidente, utilizando a hashtag #BOLSONARO2022, junto com fotos do evento, o que reforçaria o seu cunho pré-eleitoral. O PT requereu ao TSE que fosse reconhecida a propaganda eleitoral irregular, bem como que Bolsonaro e o organizador da motociata, o pastor Jackson Villar, sejam condenados a pagar multa no valor máximo previsto em lei.
A motociata “Acelera para Cristo” teve a participação, segundo registros de pedágio, de 3.703 veículos. A Secretaria de Segurança de São Paulo estimou um gasto de R$ 1 milhão para a realização do evento, pela necessidade de reforçar o policiamento no local.