Marinaldo Cardoso (Republicanos), presidente da Câmara Municipal de Vereadores de Campina Grande (CMCG) não descartou a possibilidade de abertura de Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para apurar a contratação de servidores públicos por “excepcional interesse público” em um período vedado pela legislação eleitoral, sem a realização de concurso público pela Prefeitura de Campina Grande. Caso a CPI seja aberta o prefeito Bruno Cunha Lima e secretários devem ser convocados para prestar esclarecimentos.
“Então, nós vamos discutir esse tema, tema que não vai ficar sem a câmara principal, na condição de ordem fiscalizador, querer saber de como aconteceu e tirar dúvidas, ninguém ficar na dúvida que algo está sendo feito de forma errada. Inclusive, existe lá, tramita na Casa uma CPI, que não foi instalada ainda, que trata deste tema, mas dependo do colegiado para instalar. “, revelou Marinaldo Cardoso.
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Entenda o caso
Como divulgado pelo portal Fonte83, duas Ações de Investigação Judicial Eleitoral (AIJEs) foram movidas contra o prefeito reeleito de Campina Grande, Bruno Cunha Lima (União Brasil), durante o período eleitoral. As ações, impetradas pela coligação “Por Uma Campina Campeã”, do ex-candidato Dr. Jhony (PSB), acusam o prefeito e seus aliados de abuso de poder político e econômico, com a intenção de desequilibrar o pleito municipal e garantir sua reeleição.
Na primeira ação, a coligação de Dr. Jhony argumenta que a Prefeitura de Campina Grande contratou servidores públicos por “excepcional interesse público” em um período vedado pela legislação eleitoral, sem a realização de concurso público. Segundo os denunciantes, essas contratações teriam gerado uma vantagem indevida à campanha de Bruno Cunha Lima, ao utilizar recursos públicos de forma inadequada para beneficiar sua candidatura.
Além de Bruno Cunha Lima, a ação envolve o vice-prefeito eleito, Alcindor Vilarim, e diversos secretários municipais, incluindo Diogo Lyra (Administração), Fábio Thoma (Assistência Social), Raymundo Asfora Neto (Educação) e Dunga Júnior (Saúde). O documento da ação solicita, entre outras medidas, a aplicação de multas aos acusados e a cassação dos registros de candidatura de Bruno e Alcindor, caso as acusações sejam comprovadas.
Na segunda AIJE, Bruno Cunha Lima é acusado de abuso de poder político e econômico devido à utilização indevida dos meios de comunicação para favorecer sua candidatura durante o processo eleitoral. Essa denúncia aponta que o prefeito reeleito teria usado recursos públicos para veicular sua imagem em meios de comunicação de forma que configuraria uma vantagem desleal, prejudicando a isonomia no pleito.
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