O ex-deputado federal Pedro Cunha Lima (PSD) afirmou que não tem “vaidade com cargo” e que pode ou não disputar as eleições de 2026, a depender do encaminhamento da oposição. Ele disse estar disposto a abrir mão da própria candidatura em favor de quem mantiver um discurso mais duro contra o governador João Azevêdo (PSB).
Pedro também comentou sobre as movimentações recentes do prefeito de João Pessoa, Cícero Lucena (PP), e do senador Efraim Filho (União), que vêm dialogando em busca de apoio.
“O compromisso que eu quero em uma eventual composição – e é claro que eu não faço política sozinho, existe uma unidade que precisa ser observada e preservada – mas, independentemente do desfecho, o compromisso que eu quero não é comigo. O compromisso que eu quero é com esse conjunto de ideias, com um programa de governo que foi apresentado em 2022, que fez necessários questionamentos e que precisa ser observado até pelo resultado que obteve nas urnas”, declarou.
Segundo ele, não há interesse em disputar posição na chapa apenas para assegurar espaço. “Não estou procurando posição na chapa para fazer composição ou não. Não tenho fixação em cargo. Não estou atrás de um cargo a todo custo, não estou atrás de ser candidato de todo jeito. Posso ser candidato como posso não ser”, pontuou.
O tucano voltou a criticar a gestão de João Azevêdo, citando o uso da Granja Santana como residência oficial. Ele defendeu que o espaço seja destinado à população, a exemplo do que ocorre em Minas Gerais, onde o governador Romeu Zema (Novo) transformou a residência oficial em parque público.
“Está na hora. Lá em Belo Horizonte, aquele espaço que antigamente servia para o mesmo propósito que acontece aqui na Paraíba, hoje qualquer cidadão pode usufruir daquele lugar. Como um dia vai acontecer isso aqui também. É evidente, é óbvio. Eu lamento demais quem está à frente do mandato não perceber isso e continuar utilizando uma área daquele tamanho para ter uma residência oficial, com um custo de mais de R$ 1 milhão por mês”, criticou.
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