Após dias de tensão, medo, aflição, incerteza e os bombardeios da guerra, a volta para casa. A artesã paraibana Silvana Pilipenko, que estava desaparecida na Ucrânia e deixou o país fugindo da guerra, e dos bombardeios da Rússia, deve chegar à Paraíba neste domingo (10).
Segundo familiares da paraibana que moram em João Pessoa, Silvana Pilipenko vai desembarcar com o marido e a sogra primeiro em São Paulo, no sábado (9), em um avião que vai partir de Dubai. Depois seguirá viagem para João Pessoa, onde deve desembarcar por volta das 2h do domingo.
Silvana passou 26 dias sem contato com a família, que mora em João Pessoa. Ela, o marido ucraniano, Vasyl Pilipenko, e a sogra, de 80 anos, estavam em Mariupol e foram encontrados pelo filho do casal, Gabriel Pilipenko, na terça-feira (29).
Após uma longa e angustiante espera, a paraibana falou publicamente pela primeira vez no dia 31 de março, desde que conseguiu sair do país e entrar na Crimeia, região anexada à Rússia em 2014. Em vídeo postado nas redes sociais, Silvana agradeceu a preocupação de todos e contou sobre a situação no país.
No vídeo, a artesã agradeceu a preocupação das pessoas no Brasil e pediu orações para a população ucraniana. “Continuem orando para aquele povo, para que ele continue sendo forte, continue resistindo e continue sobrevivendo a essa guerra. Eu peço a cada um de vocês que continue orando pelo povo ucraniano porque é uma situação muito delicada e quem está lá não vê muita saída, não tem muitas escolhas”, contou.
Em meio a aflição e o alívio, a mãe de Silvana, Antônia Vicente, contou como se deu a fuga da filha da Ucrânia. Ela disse que escondeu muito o celular durante a fuga para poder chegar com o aparelho e dar notícia.
Silvana relatou para a mãe que durante a viagem de Mariupol até a Crimeia, ficou bastante cansada. Além disso, a sogra dela estava doente e no percurso havia muitas barreiras, com o carro sendo parado para revistas. “Tiravam até os tapetes e abriam as mochilas”, contou Antônia.
Silvana Pilipenko, de 54 anos, havia falado pela última vez com a família no dia 3 de março, quando disse que a cidade estava começando a ser atacada e sofria com quedas de energia. No dia anterior, um vídeo com notícias foi enviado à família, relatando os primeiros momentos da guerra, e a aflição e tensão no país invadido pela Rússia.
O Governo da Paraíba estima que pelo menos 16 paraibanos podem estar vivendo na Ucrânia e devem ser repatriados para o Estado.
PB Agora