O juiz José Guedes, da 4ª Vara Criminal de João Pessoa, aceitou a denúncia do Grupo de Atuação Especial Contra o Crime Organizado (GAECO) do Ministério Público da Paraíba (MPPB) contra o padre Egídio de Carvalho Neto e Samuel Rodrigues Segundo. Ambos são acusados de desviar produtos doados pela Receita Federal ao Hospital Padre Zé, onde eram, respectivamente, ex-diretor e ex-funcionário.
A investigação, conduzida pela Polícia Civil através da Operação Pai dos Pobres, apura o desvio de aparelhos iPhone entre outros objetos, que deveriam ser leiloados para arrecadar recursos. Segundo o MPPB, os desvios causaram “danos financeiros significativos para entidades de cunho social e humanitário, afetando negativamente serviços essenciais destinados à população em situação de vulnerabilidade”.
Conforme relato do jornalista Wallison Bezerra, o padre Egídio e Samuel teriam ido até Foz do Iguaçu, no Paraná, para buscar os materiais. Após chegarem ao hospital, uma carga de 15 caixas foi armazenada, mas, posteriormente, foi constatado que 12 dessas caixas estavam vazias. “Estranhamente, as caixas vazias foram descartadas imediatamente, sem comunicação às autoridades competentes sobre o ocorrido”, destacou o Ministério Público.
O MPPB pede a condenação de Egídio e Samuel, além do pagamento de R$ 525 mil em danos morais e R$ 1 milhão em danos morais coletivos. A denúncia foi aceita pela Justiça no dia 22 de maio, transformando os acusados em réus.
O juiz José Guedes afirmou que a acusação cumpre os requisitos formais do artigo 41 do Código de Processo Penal, estando fundamentada em informações básicas sobre os delitos e oferecendo indícios de autoria suficientes para dar continuidade ao processo.
PB AGORA.