O ministro do Desenvolvimento e Assistência Social, Wellington Dias, criticou, durante agenda em João Pessoa nesta segunda-feira (26), a política de taxação de juros do Banco Central, atualmente em 13,75%. A fala de Dias foi ecoada pelos presentes do Espaço Cultural José Lins do Rêgo, que falavam: “Fora Campos Neto”, presidente do Banco.
“Nós vamos ter que destravar o juros desse Brasil. Não pode o Banco Central, uma instituição pública, paga com o dinheiro público, que tem a missão de controlar a inflação. Mas, na missão dada pelo Senado, tem também de garantir o crescimento econômico”, disse Dias.
“Não pode o juros alto matar o comércio. Não pode o juros alto matar agricultores. Matar a indústria. Para que alguém que compra o carro, tem que pagar dois. A gente vai ter que tirar essa pedra do caminho”, prosseguiu.
A crítica de Wellington Dias reforça o coro do próprio presidente Lula (PT) e outra lideranças do governo à política de cobrança de juros estabelecida pelo Banco Central.
Tensão em Brasília
A taxa de juros deve ser discutida nesta segunda-feira (26) em um almoço entre o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, e o presidente do Banco Central Roberto Campos Neto. Em seguida, Haddad terá mais dois encontros com o presidente Lula (PT).
A tensão entre o presidente do Banco Central e o governo federal aumentou após a instituição manter a taxa básica de juros (Selic) em 13,75% ao ano.
Lula e Haddad, estão irritados com a falta de sinalização de quando os juros vão cair e têm afirmado que a taxa atrapalha a geração de empregos e o consumo.
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