Nesta quinta-feira (1), o ministro Benedito Gonçalves, do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), liberou para julgamento a Ação de Investigação Judicial Eleitoral (Aije) que poderá deixar o ex-presidente Jair Bolsonaro inelegível por oito anos. A ação em questão refere-se aos ataques proferidos por Bolsonaro ao sistema eleitoral brasileiro durante uma reunião com embaixadores em julho de 2022.
O Ministério Público Eleitoral (MPE) já havia se manifestado a favor de que o ex-presidente seja impedido de concorrer nas eleições de 2026 e 2030, argumentando que houve abuso de poder político por parte dele.
Com a disponibilidade do voto do ministro Benedito, agora cabe a Alexandre de Moraes, presidente da Corte eleitoral, pautar o tema e definir quando o julgamento ocorrerá.
Bolsonaro será julgado por suposto crime eleitoral, abuso de poder e uso indevido dos meios de comunicação, por um plenário diferente do que iniciou o ano de 2023.
A ação que está prestes a ser julgada foi movida pelo Partido Democrático Trabalhista (PDT), que alega que Bolsonaro, durante a reunião com diplomatas, fez declarações sustentando a ocorrência de fraudes no sistema de votação digital utilizado no Brasil desde 1996. Essas declarações foram amplamente divulgadas na internet e transmitidas pela TV Brasil.
Além disso, o processo também inclui investigações sobre o vazamento de dados sigilosos do ataque hacker ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e a descoberta de uma “minuta do golpe” na casa do ex-ministro da Justiça de Bolsonaro, Anderson Torres. A Corte está investigando se há relação entre esses eventos com o intuito de desmerecer o sistema eleitoral.
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