O ministro da Previdência Social, Calos Lupi, publicou nesta sexta-feira (17) uma nota das centrais sindicais que critica a suspensão do crédito consignado por bancos públicos e privados após a imposição do teto para juros do crédito consignado do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) de 2,14% para 1,7%.
Já anunciaram a suspensão temporária da modalidade os bancos Mercantil do Brasil, Pan, Pag Bank, Bem Promotora, Daycoval e Itaú, C6 e Bradesco. Além destes, Caixa e Banco do Brasil também pararam de ofertar a linha de crédito.
“As Centrais Sindicais manifestam sua indignação e condenam veementemente a chantagem dos bancos de suspenderem a modalidade de crédito consignado para aposentados, após a redução das taxas por parte do Conselho Nacional da Previdência Social (CNPS)”, diz a nota compartilhada por Lupi.
“Essa atitude dos bancos demonstra que a sede por lucros não tem limites, e é inaceitável que os aposentados e pensionistas sejam prejudicados dessa forma”, completa.
Segundo o texto, não é razoável que os bancos deixem de operar a linha de crédito, já que o desconto na folha de pagamentos do benefício torna a operação “segura e acessível”.
As Centrais Sindicais cobram do Governo a utilização do Banco do Brasil e da Caixa Econômica Federal para garantir as linhas de crédito para os aposentados e pensionistas que precisarem de crédito com as novas taxas em vigência.
O texto critica ainda o lucro dos bancos em meio ao empobrecimento da população. “Nos últimos 4 anos, os bancos lucraram 338,5 bilhões de reais, quase 100 bilhões só no último ano, enquanto 33 milhões de brasileiros estavam ao relento na fila do osso.”
Brasil Econômico