Um policial militar foi amarrado em uma árvore após brigar e efetuar disparos de arma de fogo durante uma confusão em um bar, no município de Monteiro, no Cariri Paraibano. O episódio ocorreu na noite desta da última segunda-feira (8), em um bar localizado na praça central do município.
Mas antes disso, o policial militar agiu contra outro monteirense identificado por, David José, que relatou com detalhes o acontecimento ao Portal Paraíba da Gente.
Na oportunidade, David José, afirmou que estava vindo da casa de sua namorada por volta da meia noite, quando viu alguém acenando em sua direção, e dando sinal, foi aí que ele viu que não conhecia, e fez uma manobra no carro para despistar o policial, foi aí que ele agiu, e disparou três tiros na direção do carro do monteirense.
“Eu estava na casa da minha namorada por volta da meia noite, em direção da minha casa, ela mora perto da cadeia, e eu moro próximo a cagepa. E ao chegar perto da escola, próximo a Cagepa, eu vi um vídeo no meio da rua a pé, de camisa preta, bermuda clara e sandália. Aparentemente dando sinal com a mão, parei o carro pouco distante dele, para eu ver se eu conhecia ele, e quando olhei para ele, não conheci aquele cara, ele estava visivelmente bêbado. A partir daí tentei desviar o carro, colocando para outra rota, e ele acompanhou a direção do carro, ou seja, ele não ia sair da minha frente. Daí então, tentei dar ré, vou entrar em outra rua, despisto ele, e vou para minha casa, no que engatei a marcha ré, ele sacou a pistola, aí no que ele sacou a pistola, me desesperei, fiquei nervoso, rapidamente dei uma ré, entrei no beco da escola, e acelerei o carro em direção voltando a serralheira de Zé dos Cachimbos. Quando ele apontou a arma pra mim, só fiz abaixar a minha cabeça, e pedir a Deus que não acontecesse nada comigo, e ele efetuou três disparos, dois disparos atingiram o carro, um na porta, e outro próximo ao pneu da frente,” disse.
David José, também revelou que ficou desesperado com a situação, e afirmou que não fez nenhum sinal para ele.
“Sai desesperado, e corri atrás de algum canto para me parar o carro, e ver aonde os tiros atingiram. Eu não tava armado, não fiz pantim pra ele nenhum, ele simplesmente me avistou, quando tentei sair dele, ele simplesmente sacou a arma e atirou em mim, sem eu ter feito nada contra ele,” falou.
Outro ponto que o rapaz destacou, foi a burocracia que ele encontrou para poder registrar uma ocorrência na Polícia Militar.
“Outra questão que eu gostaria de destacar é a questão do atendimento da Polícia Militar, onde encontrei uma grande burocracia para registrar uma ocorrência. Você liga daqui de Monteiro para Campina Grande, para de Campina Grande mandar para Monteiro de novo. As pessoas só vão perceber mesmo, quando acontecer com alguém próximo, como aconteceu comigo, isso é uma imoralidade. Eu liguei três vezes na hora do ocorrido, e nenhuma das três tentativas consegui falar com as autoridades policiais,” reclamou o jovem.
Ele relatou que após não conseguir contato com o batalhão da PM, se dirigiu até a delegacia, e conseguiu resolver a situação com os policiais que estavam no local.
A partir daí fui diretamente para o batalhão da PM depois fui para a delegacia. Na delegacia consegui resolver alguma coisa, falei com um policial militar, ele tentou do celular dele, ligar para a central, daí se apresentou como cabo, e conseguiu registrar o B.O. Com isso chegou uma viatura na delegacia, e disseram que iam fazer uma ronda na tentativa de localizar o indivíduo,” relatou.
David, pediu que as forças policiais de Monteiro, se tentassem a essa questão da burocracia, e afirmou que ele poderia perder a sua vida, e o acusado ficar impune, pois teria tempo suficiente para escapar.
A questão que eu gostaria de ressaltar é a burocracia que estar, se fosse diretamente aqui de Monteiro, eles rapidamente teriam pegado ele, e teriam impedido que ele fosse em outra localidade como ele foi, e tocar o terror. Isso aconteceu, justamente por causa da demora que foi para a ocorrência ser dirigida. Se ele tivesse me matado, teria tempo suficiente para fugir aonde quisesse, e não iriam resolver nada. Ele teve tempo suficiente para fazer o que bem entendesse,” ressaltou.
PARAÍBA DA GENTE