Durante um encontro em Paris, nesta quinta-feira (30) representantes do Governo da Paraíba e da Unesco, discutiram um projeto que pode tornar o forró como patrimônio imaterial da humanidade.
O objetivo da reunião foi discutir o pleito e mostrar um pouco do que já foi reunido de documentos e de pesquisas sobre o forró enquanto expressão artística e identitária do Nordeste brasileiro. O forró foi declarado patrimônio imaterial nacional em 2021 e agora o objetivo é a internacionalização do ritmo, num projeto que já conta com o apoio de 14 estados brasileiros (todos os estados do Nordeste e do Sudeste e mais o Distrito Federal) e de pelo menos 30 países além do Brasil.
A delegação brasileira se reuniu com Fumiko Ohinata, que responde na Unesco pela Secretaria da Convenção para a Salvaguarda do Patrimônio Imaterial. É este o setor que vai tratar da questão quando o processo for enviado pelo Iphan, o que deve acontecer ainda este ano.
“O corpo fala sobre nós. Incorporar fala sobre troca, abraços, culturas. E isso nós não temos como mensurar a grandeza. Pois é justo isso o que estamos fazendo aqui. Estou muito feliz com a oportunidade de conhecê-los e de conhecer o forró”, comentou Ohinata.
Etapas
A primeira etapa é a salvaguarda do instituto nacional, o que aconteceu em 2021. Agora, a partir de requerimento oficial que partiu do Governo da Paraíba, o Iphan vai enviar o pleito para a Unesco, que vai iniciar um trabalho de consultas públicas e pesquisas para saber se existe mesmo essa expressão cultural como fonte identitária de um povo e se a comunidade local reconhece essa expressão como sendo sua.
Signatário do processo junto ao Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), o Estado enviou uma equipe técnica da Secretaria de Estado da Cultura da Paraíba (Secult-PB).
Estavam presentes representantes da Secretaria de Cultura do Estado de Pernambuco, da Associação Cultural Balaio Nordeste e do Fórum Nacional de Forró de Raiz.