Pouco mais de quatro meses após o desaparecimento da menina Ana Sophia, no distrito de Roma, em Bananeiras, no Brejo paraibano, a polícia confirmou que Tiago Fontes, que morava perto da casa de Sophia e foi encontrado morto, é o principal suspeito de assassinar e ocultar o corpo da garota. O crime tem uma longa investigação que, na avaliação do delegado Luciano Soares, foi atrapalhada por falsas informações e com a presença de pessoas tidas como videntes.
Durante entrevista, o delegado falou que a polícia se desdobrou, e vai continuar se trabalhando, para concluir o caso. No entanto, ele criticou a quantidade de informações falsas, que levaram os policiais a investigar pistas erradas.
“Uma das dificuldades que tivemos foi o denuncismo falso. O 197 (Disque Denúncia) e o 190 (contato da Polícia Militar) nos conduziam (após denúncias) a uma situação que tinham que ser checadas uma por uma e isso retardou [a investigação]. Foram muitas as denúncias falsas. Em outras situações alguns profissionais traziam videntes que induziram a família a ir a locais para saber se o corpo estava ocultado e isso também demandava a presença da polícia. São situações que trouxeram uma dificuldade maior”, relatou o delegado Luciano Soares.
O delegado também falou que as investigadores tiveram dificuldade com as poucas imagens de câmeras de monitoramento na região e o difícil acesso a sinal de celular.
Luciano Soares tratou a investigação do caso Ana Sophia como a montagem de um “grande quebra-cabeças”.
“Desde o início já vínhamos tratando que [a investigação] seria um grande quebra-cabeças. Havia a necessidade de uma investigação mais aprofundada dada as circunstâncias que o crime ocorreu. O acesso a câmeras é restrito e as que têm são de péssimas qualidade. Há ausência de sinal de celular. Dentro dessa dinâmica, percebemos que haveria uma dificuldade maior, com necessidade de se trabalhar de forma mais primitiva a partir de depoimentos testemunhais, tivemos uma dificuldade grande”, contou o delegado.
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