O preço da gasolina registrou queda de 1% em outubro, com a média nacional em R$ 5,946 por litro, enquanto o etanol ficou 0,97% mais barato no período, com preço médio de R$ 3,776 por litro. Assim, o etanol permanece mais vantajoso para o motorista que o combustível derivado de petróleo.
O levantamento foi feito pelo pela ValeCard, empresa especializada em soluções de mobilidade, com base em transações realizadas em mais de 25 mil estabelecimentos credenciados em todos os estados do Brasil.
“Em outubro, após um leve aumento no início do mês, tivemos quatro quedas semanais seguidas, as quais, somadas, geraram a redução mensal de 1% na gasolina. Para o mês de novembro o cenário ainda é muito incerto, pois os conflitos na Ucrânia e no Oriente Médio podem mexer com os preços do petróleo e, consequentemente, forçarem a Petrobras a novos reajustes”, explica Brendon Rodrigues, Head de inovação e portfólio na ValeCard.
Os dados mostram que as unidades federativas que registraram as maiores quedas em outubro foram Rio Grande do Norte (-4,67%), Ceará (-3,73%) e Pernambuco (-2,89%).
A unidade federativa com menor preço médio do litro da gasolina foi o Distrito Federal, a R$ 5,756; na outra ponta, o Acre apresentou a maior média, a R$ 6,697.
Como o preço do etanol também recuou no período, o combustível renovável se manteve como a escolha mais econômica para os motoristas. Para que o uso de etanol hidratado compense financeiramente em relação à gasolina, descontando fatores como autonomias individuais de cada veículo, o preço do litro deve ser igual ou inferior a 70% do preço do combustível fóssil.
Considerando essa metodologia, na semana de 27 de outubro a 02 de novembro o levantamento da ValeCard indica que valeu a pena abastecer com etanol nas 15 unidades federativas: Alagoas, Bahia, Distrito Federal, Espírito Santo, Goiás, Minas Gerais, Mato Grosso do Sul, Mato Grosso, Pará, Pernambuco, Piauí, Paraná, Rio de Janeiro, São Paulo e Tocantins.
No caso do combustível renovável, os estados que registraram a maior queda em outubro foram Rondônia (-22,91%), Maranhão (-6,01%) e Tocantins (-5,08%). O estado com menor preço médio foi Mato Grosso, a R$ 3,546; com a maior média ficando no Amazonas, a R$ 4,555.
“Assim como havia ocorrido em setembro, o etanol registrou queda em outubro por causa da alta da produção de cana-de-açúcar e do combustível renovável”, explica Brendon Rodrigues, head de inovação e portfólio na ValeCard.
Segundo dados da Única, a União da Indústria de Cana-de-Açúcar e Bioenergia, a moagem de cana-de-açúcar na primeira quinzena de outubro registrou crescimento de 17,64% na comparação com o mesmo período do ciclo passado. No acumulado da safra 23/24, a moagem atingiu 525,99 milhões, ante 459,48 milhões de toneladas registradas no mesmo período no ciclo 22/23 – avanço de 14,47%.
No entanto, ainda segundo a entidade, o ritmo de processamento arrefeceu quando comparado com a quinzena anterior, em função do maior índice das chuvas que atingiram as regiões de colheita no período.