O deputado federal Eliéser Girão (PL-RN) acusou o ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, de tê-lo ameaçado no aeroporto Santos Dumont, no Rio de Janeiro.
Em pronunciamento na Câmara dos Deputados, Girão disse que, após cumprimentar o deputado Altineu Côrtes (PL-RJ), que também estava no local, fez um “gesto de negação” com a cabeça em direção a Dino.
O gesto teria levado o ministro a abordar o parlamentar: “Ele olhou para mim, se dirigiu e veio fazer uma abordagem, perguntando se eu estava falando com ele”.
Em seguida, relatou, Dino tocou “duas vezes no meu peito e disse, em termos mais ou menos assim, ‘o senhor deve se cuidar’ e virou as costas”, antes de sair, acompanhado de policiais federais.
O deputado potiguar, que é do partido do ex-presidente Jair Bolsonaro, alegou ter gesticulado em desaprovação ao trabalho de Dino no governo Lula (PT). Ele diz ter solicitado as imagens do aeroporto à Procuradoria-Geral da República (PGR).
A Polícia Civil do Rio de Janeiro informou que o caso foi registrado na instituição, mas os autos serão remetidos ao Supremo Tribunal Federal (STF), já que os envolvidos gozam de prerrogativa de função.
Procurado pela CNN para comentar a acusação, o Ministério da Justiça e Segurança Pública nega agressões físicas.
“Ao contrário, diante de xingamentos proferidos pelo citado senhor, que o ministro não conhecia, a reação foi aproximar-se e pedir para o agressor deixar de ser mal-educado e grosseiro. Há várias testemunhas”, disse a pasta, em nota.
CNN Brasil