Filiado histórico do MDB, o deputado estadual Raniery Paulino não admitiu, mas também não descartou, durante entrevista nesta terça-feira (11), a possibilidade de deixar a legenda para disputar a reeleição caso seu apoio à reeleição de João Azevêdo (Cidadania) não seja permitido. Ele preferiu usar a frase “Cada dia com sua agonia”, ao ser questionado se deixará a legenda para permanecer aliado de João.
Raniery, no entanto, reiterou que seu compromisso, nas eleições desse ano, independentemente de uma pré-candidatura do MDB ao Governo da Paraíba, é com João Azevêdo e, apesar de reconhecer a liderança de Veneziano, não mudará de postura
“Veneziano tem legitimidade, tem condições de estar qualificando o debate. Eu não vou jamais desmerecer suas qualidades, pelo contrário, eu enalteço suas qualidades, mas eu tenho um compromisso de uma aliança política que nós fizemos a partir das eleições passadas. Primeiro, eu nunca votei em João, mas se ele votasse em Guarabira ele estaria votando lá no 15, em 2020, por isso que eu retribuo esse apoio. É questão de retribuição.
Quem é da vida pública tem que ter postura e, sobretudo, honrar compromisso e eu fiz esse compromisso com o governador João Azevêdo. Inclusive na época (em 2020) José Maranhão estava vivo, eu o consultei, perguntei se ele era candidato, ele disse que não era e que eu estava liberado para fazer uma aliança com João a partir de Guarabira. Isso não significa dizer que eu tenho qualquer coisa contra o MDB ou o nosso presidente. Mas meu compromisso é com João Azevedo”, pontuou.
Para o parlamentar, o MDB deve sinalizar um norte para seus filiados o quanto antes, pois enquanto outras legendas estão se movimentando, o partido está congelado.
“Acho que o MDB tem que sinalizar para seus filiados qual o norte que ele vai tomar. Está prejudicando, a situação está congelada. Eu vejo todos os partidos se movimentando e nós não”, completou.