Sérgio Moro, Gabriela Hardt e Deltan Dallagnol se uniram para desviar R$ 2,5 bilhões da União. A constatação faz parte de um relatório de investigação do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) sobre as irregularidades na Lava-Jato, em Curitiba, conforme publicou a Veja.
Conforme o relatório, que tem 77 páginas, o trio teria se unido para ‘promover o desvio’ de 2,5 bilhões de reais do estado brasileiro com o objetivo de criar ‘uma fundação voltada ao atendimento a interesses privados’
A investigação aponta que os três tiveram ajuda de gerentes da Petrobras e de agentes públicos americanos para desviar o dinheiro.
De acordo com a investigação, é necessário que seja iniciada uma investigação criminal para apurar os objetivos do desvio do dinheiro. “O desvio do dinheiro só não se consumou em razão de decisão do Supremo Tribunal Federal“, diz o CNJ.
Este documento faz parte da apuração que resultará no julgamento desta terça para definir os próximos passos das investigações contra Hardt, Moro e outros investigados por irregularidades na Lava-Jato.
“Cada uma dessas práticas identificadas, aqui discutidas isoladamente, tem a plausibilidade de incidir, em tese e inicialmente, nos tipos penais de prevaricação (artigo 319 do Código Penal), corrupção privilegiada (art. 317, parágrafo 2º, do Código Penal) ou de corrupção passiva (artigo 317, caput, do Código Penal), caso o fim especial de agir de cada ator e outras circunstâncias dos eventos sob escrutínio sejam identificados por meio de novas informações que venham a ingressar, no contexto de uma apuração criminal tecnicamente conduzida dentro do devido processo legal”, diz o relatório.
O texto acrescenta que é preciso apurar ‘razões’ para os supostos crimes imputados a Moro, Hardt e Deltan: “Restaria a necessidade de apurar as razões para a prática dos atos anormais efetivamente realizados em quantidade, em qualidade e em variedade significativas, que foram descritos nos subtópicos referentes às informações que corroboram os modelos enunciados”.
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