O prefeito de João Pessoa, Cícero Lucena (PP), exonerou, na tarde desta segunda-feira (11), o médico João Paulo Souto Casado do cargo de diretor técnico do Ortotrauma de Mangabeira – Trauminha. A portaria foi publicada na edição do Diário Oficial da Capital.
Ontem, logo após a divulgação do vídeo com as a agressões de João contra a vítima, a secretária de Saúde da Capital, Janine Lucena, disse que não iria aceitar a permanência do servidor nos quadros do hospital.
“Como cidadã, mulher e secretária interina de Saúde, não poderia admitir a permanência em nossos quadros, de um profissional com conduta de tamanha gravidade”, disse Janine.
No início da tarde, João Paulo também foi exonerado pelo governador João Azevêdo (PSB) do Hospital de Emergência e Trauma Senador Humberto Lucena.
O governador destacou que o caso já está sendo alvo de um inquérito na Polícia Civil e prestou solidariedade à vítima. “Nenhuma mulher na Paraíba está sozinha e pode contar com nossa rede de apoio e enfrentamento contra abusos como esse. Esperamos que o agressor seja punido conforme a lei e que essa situação terrível sirva como um exemplo que a violência contra a mulher não pode ser tolerada”, concluiu.
Entenda o caso
O diretor técnico do Hospital Ortotrauma de Mangabeira, João Paulo Casado, foi afastado das funções na noite desse domingo (10). Nesta segunda-feira (11), a Secretaria de Estado da Saúde também anunciou o afastamento dele da função que exercia na rede estadual de saúde.
A penalidade aconteceu após a divulgação de imagens do profissional de saúde agredindo fortemente uma mulher dentro de um elevador e do carro. A violência foi registrada no ano passado, mas tornada público pelo portal Paraíba Feminina.
Em nota, a secretária de Saúde de João Pessoa, Janine Lucena, disse que as cenas são inadmissíveis e ao tomar conhecimento da ocorrência acionou de imediato o prefeito Cícero Lucena (PP) para que o servidor fosse afastado.
O que diz a defesa
A defesa do médico João Paulo Casado, gravado agredindo a ex-companheira dentro do elevador no ano passado, disse, na manhã desta segunda-feira (11), estranhar a divulgação do vídeo que mostra a agressão logo após cortar o pagamento da mensalidade do curso de medicina da vítima.
Em nota assinada pelo advogado Aécio Farias, o médico afirma que “após não mais ceder às extorsões para a manutenção do pagamento de mensalidade da faculdade de medicina de sua ex-esposa, no valor de R$ 10.670,00, e ajuizar ação de divórcio, são exibidos vídeos cujas origem e autenticidade são contestadas”.
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