A audiência de instrução do processo que investiga um suposto esquema de desvios de recursos no Hospital Padre Zé, em João Pessoa, está programado para retomar nesta quinta-feira (13), a partir das 8h30, no Fórum Criminal da capital paraibana.
A primeira audiência foi suspensa em 20 de maio devido à insistência da defesa do padre Egídio de Carvalho Neto em ouvir testemunhas ausentes.
Padre Egídio, ex-diretor do Hospital Padre Zé, é um dos réus do processo, juntamente com a ex-diretora Jannyne Dantas Miranda e Silva e a ex-tesoureira Amanda Duarte da Silva Dantas. Os três são investigados por suspeita de envolvimento em um esquema de desvio de recursos e fraudes durante gestão na unidade hospitalar em João Pessoa.
Nesta quinta, é esperado que mais testemunhas de defesa e os réus sejam ouvidos. As defesas dos três réus afirmaram que participarão da audiência de forma remota. No entanto, a defesa de Amanda Duarte pretende solicitar o adiamento da audiência, alegando falta de acesso adequado aos autos apresentados pelo Ministério Público da Paraíba.
Na audiência anterior, realizada em 20 de maio, sete pessoas foram ouvidas, incluindo testemunhas apresentadas pelos réus e uma testemunha de acusação.
Além deste processo, os réus também enfrentam acusações em um segundo processo, juntamente com o empresário João Diógenes de Andrade Holanda, relacionado à compra fraudulenta de computadores pelo Hospital Padre Zé. A audiência de instrução para este segundo caso foi adiada e uma nova data ainda não foi definida.
Relembre o caso
A investigação sobre as irregularidades no Hospital Padre Zé teve início após o furto de mais de 100 aparelhos celulares da instituição, que foram doados pela Receita Federal para serem vendidos em um bazar solidário. O furto foi tornado público em 20 de setembro, e uma denúncia anônima posterior apontou outras irregularidades na gestão de Padre Egídio.
Em resposta às investigações, uma força-tarefa composta por órgãos públicos da Paraíba foi formada para apurar as irregularidades no hospital. A instituição afirmou ter identificado várias dívidas que comprometem sua funcionalidade e solicitou ao Ministério Público da Paraíba uma ampla auditoria em todas as suas contas, contratos, convênios e projetos.
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