Jair Bolsonaro afirmou neste sábado (4), durante a Conferência Anual de Ação Política Conservadora (CPAC, da sigla em inglês), que o Brasil não teria “esse problema com os navios iranianos” se ainda fosse presidente da República.
No evento, ele também voltou a colocar em dúvida o resultado da eleição no Brasil e nos Estados Unidos.
“Se olharem as imagens ao lado, eu tive muito mais apoio em 2022 do que em 2018. Não sei por que os números mostraram o contrário”, afirmou.
O ex-presidente foi aplaudido em diversos momentos de sua fala, que durou pouco mais de 20 minutos. No discurso, afirmou ainda que “com toda certeza, eu sou o ex mais amado do Brasil. Mesmo no leito de morte e muita fé, ganhamos as eleições”.
A declaração sobre os navios iranianos se refere à decisão do governo Lula de permitir que as embarcações Iris Makran e Iris Dena atracassem no Porto do Rio de Janeiro de 26 de fevereiro a 4 de março.
Nos Estados Unidos, como mostramos, o senador republicano Ted Cruz defendeu que seu país adote sanções contra o Brasil. O governo americano também demonstrou insatisfação com o episódio. Procurado pelo jornal, um porta-voz do Departamento de Estado afirmou que a decisão brasileira foi “errada” e mencionou que país é o único da região a adotar uma medida desse tipo.
Em Orlando desde 30 de dezembro, Bolsonaro viajou a Washington na sexta-feira (3), para participar do evento conservador. Ele ainda assistirá à palestra do republicano Donald Trump. Essa é a primeira vez que os dois ex-presidentes devem se encontrar desde que o brasileiro viajou para a Flórida.
O Antagonista