Teve de tudo. Acusações, denúncias, propostas e críticas as ausências de Ricardo Coutinho (PT) e Bruno Roberto (PL), troca de provocações. E poucas ideias. O debate com os candidatos ao Senado da Paraíba, promovido pela TV Arapuan na noite desta segunda-feira (5)., acirrou ainda mais a disputa pela única vaga destinada ao Estado, no Senado.
Compareceram ao debate, mediado pelo jornalista Luis Torres, Alexandre Soares (PSOL), André Ribeiro (PDT), Efraim Filho (UB), Pollyanna Dutra (PSB), e Sérgio Queiroz (PRTB). Os cinco criticaram duramente as ausências de Ricardo e Bruno. De acordo com a produção do programa, Ricardo Coutinho justificou a ausência por causa de agenda de campanha, com prioridade a um debate em João Pessoa, outro em Campina e outro no Sertão. Além disso, só entrevistas específicas.
Já o candidato Bruno Roberto alegou impossibilidade de participar do debate por causa do choque de agendas. Segundo a sua assessoria, ele teria marcado participação na Santa Ceia da Igreja Evangélica Assembleia de Deus.
Entre os temas abordados, destaques para a Reforma Tributária, segurança pública, saúde, corrupção, candidatos ficha limpa, e críticas ao presidente e candidato à reeleição, Jair Bolsonaro (PL).
O confronto direto de perguntas entre os candidatos teve início com André e Pollyanna Dutra debatendo sobre o tema Reforma Tributária. Para André, a Reforma tem sido perversa com o povo brasileiro e se faz necessário que haja justiça fiscal, o que foi reforçado pela socialista.
Ao abordar sobre a segurança pública, o candidato Efraim Filho destacou investimentos da ordem de R$ 11 milhões para aquisição de equipamentos, armas, munições e treinamento.
“O policial tem que ser prioridade no lugar do bandido”, destacou.
Até esse momento, o clima estava tranquilo. Sérgio Queiroz disse que ser for eleito senador vai lutar pela paridade policiais ativos e inativos, como também adquirir mais armamentos, aumentar o efetivo como também capacitar e qualificar o policial.
O clima esquentou quando os candidatos passaram a atacar o presidente Jair Bolsonaro. O candidato Alexandre Soares em confronto com Sérgio Queiroz, teceu críticas ao presidente da República. De acordo com o candidato do Psol, Bolsonaro não promoveu políticas públicas voltadas para o assistencialismo social.
Sérgio Queiroz rebateu o candidato socialista. Ele afirmou que o Governo Bolsonaro foi o que mais aplicou na pandemia da Covid-19”, citando investimento no Auxílio Brasil, que beneficiou milhões de brasileiros.
Saúde pública foi o tema do embate entre Pollyanna Dutra e Efraim Filho. A candidata do PSB lamentou a falta de recursos financeiros por parte do Governo Federal, principalmente, durante a pandemia da Covid-19. Segundo ela, a gestão Bolsonaro deixou “os Estados sem saber o que fazer para controlar a doença”.
Efraim Filho destacou os investimentos de sua autoria para saúde da Paraíba e que beneficiaram várias unidades de saúde, a exemplo de emenda para construção do Hospital Metropolitano, do Hospital da Mulher, entre outras unidades de saúde espalhadas pelo Estado.
O confronto de ideias sobre o combate à corrupção também foi destaque no debate. O candidato Alexandre Soares pediu para que Efraim Filho comentasse as denúncias contra seu pai, o ex-senador Efraim Morais, acusado de manter supostos servidores fantasmas no gabinete no Senado Federal.
Efraim afirmou ser “ficha limpa” e garantiu que nenhuma denúncia foi comprovada contra seu Pai. Ele lamentou, inclusive, a postura do adversário que, segundo ele, tenta atacar a honra de terceiros. “Meu pai é honrado, ficha limpa. Se quisesse ser candidato nestas eleições, seria. Agora é lamentável essa postura de tentar atacar terceiros e não discutir as propostas para a população”, disse.
O candidato Sérgio Queiroz acusou Pollyanna Dutra de ter tido as contas rejeitadas pelo Tribunal de Contas do Estado (TCE) e ser obrigada a devolver R$ 730 mil ao erário público.
Em resposta, Pollyanna Dutra negou a acusação e destacou os prêmios recebidos por sua antiga gestão na Prefeitura de Pombal, principalmente, nas áreas de emprego, renda e empreendedorismo.
O debate seguiu com novas provocações, ataques e poucas propostas.
PB Agora