A possibilidade de ingresso do ex-governador da Paraíba, Ricardo Coutinho, PSB, no Partido dos Trabalhadores tem gerado polêmica entre os filiados da legenda na Paraíba. Um deles é o deputado estadual Anísio Maia, do PT, que garantiu, em entrevista nesta terça-feira, 27, que, a preço de hoje, pelo menos 80% dos filiados são favoráveis à reeleição do governador João Azevêdo, do Cidadania, tese que é rejeitada por Coutinho.
“Eu acho que no momento cria mais problema do que solução – a filiação de Ricardo ao PT -. Primeiro temos o histórico do tempo que ele estava no PT ao não concordar com o método coletivo do partido de discutir e ouvir as pessoas. Ele vem para o PT para que? Pra ser candidato a Senador? Já vem com essa missão? Os petista são acostumados a debater estratégias e se alguém quer vir para tumultuar não soma. O PT da PB hoje, 80% no mínimo defende uma aliança com João Azevêdo”, ressaltou.
Apesar do boato da filiação, Anísio deixou claro que até agora não houve nenhum encaminhamento oficial para que essa movimentação seja concretizada. Na última reunião com a presença de representantes nacionais, o partido, conforme Anísio, ressaltou que tal adesão não era conveniente para legenda, porque em vez de somar, dividirá.
“É um boato que circula na cidade com muita força. Mas, oficialmente, da última vez que nos reunimos com representantes do diretório nacional do PT e as lideranças do partido no Estado, isso não foi veiculado. Do contrário, nós, a grande maioria, expressamos para Direção do partido que essa adesão não é conveniente para o partido. Ela em vez de somar cria problemas e na política, às vezes, dois mais dois pode dar até zero. Então essa é nossa preocupação”, emendou.
Ainda de acordo com Anísio a nova situação de elegibilidade de Lula também é um dos fatores que têm unido a legenda e facilitado as negociações por isso as novas adesões devem ser estudadas para não desagregar o momento de sintonia.
“O PT está formando sua chapa, está tendo êxito, nós estamos avançando e depois com a nova situação de Lula as ficamos mais confortáveis para trabalhar, então estamos numa situação boa para disputar a eleição, portanto toda adesão tem que ser analisada, porque às vezes, em vez de somar, ela divide. É o caso da vida dessas pessoas – RC/Cida/Estela”, finalizou.
PB Agora