O senador Chico Rodrigues (foto), do DEM de Roraima, já gastou R$ 154,4 mil da cota parlamentar, somente neste ano, com despesas referentes à “divulgação da atividade parlamentar”.
Esse é o valor total gasto com essa finalidade entre janeiro e outubro: na comparação com igual período de 2020, houve um aumento de 28%.
A cota parlamentar, conhecida como cotão, é dinheiro público a que congressistas têm direito a gastar com quase tudo o que você imaginar.
Nesse caso, Chico está usando a verba, principalmente, para “serviços de assessoria de comunicação, divulgação de ações parlamentares e serviços fotográficos”, de acordo com as notas fiscais apresentadas para ressarcimento e que constam no sistema do Senado.
Em outubro do ano passado, o senador foi flagrado com dinheiro na cueca durante busca e apreensão em sua residência, em Boa Vista, durante uma operação da Polícia Federal que investigava desvios de recursos destinados ao enfrentamento da pandemia da Covid.
No último dia 28, como noticiamos, o ministro Luís Roberto Barroso, do STF, enviou para a Procuradoria-Geral da República um pedido do senador para que o inquérito que trata do episódio seja arquivado por, no entender da defesa do parlamentar, “falta de justa causa penal”.
Chico, que foi vice-líder do governo Bolsonaro no Senado e empregou Léo Índio, chegou a ficar afastado das suas funções. Em uma manobra que envolveu seus correligionários Davi Alcolumbre e Jayme Campos, ele voltou ao Senado sem qualquer punição e o caso, até hoje, não foi julgado no Conselho de Ética do Senado.
O Antagonista