O secretário de Estado da Saúde, Geraldo Medeiros, revelou durante entrevista ao programa Rede Verdade, da TV Arapuan nesta segunda-feira (12), defendeu o uso das vacinas da Fiocruz/AstraZeneca que estão armazenas em estoque para aplicação da segunda dose (D2) como forma de imunizar a população em geral, sem comorbidades, contra variante Delta da doença.
Segundo o titular da pasta, essa possibilidade será discutida na tarde de hoje, a partir das 17h, em reunião com Sociedade Paraibana de Infectologia (SBI-PB), o secretário de Saúde de João Pessoa, Fábio Rocha, o secretário de Campina Grande, Filipe Reul, e representantes do Conselho de Secretários Municipais de Saúde (Cosems).
“Essa é uma proposição muito importante e mais evidente. Se nós propuséssemos a usar aquelas vacinas que estão disponíveis da D2 da AstraZeneca, e nós aplicarmos como D1 em função do risco dessa variante [Delta], as pessoas que pegarem essa variante aqui na Paraíba, por exemplo, se elas estiverem com a primeira dose, o risco de ela adquirir uma doença grave é bem menor do que sem estar vacinado”, disse Geraldo.
Outra possibilidade que será discutida, segundo Geraldo, é a diminuição do intervalo de aplicação das vacinas de três para dois meses. No entanto, o Estado pode barrar na falta de estoque suficiente para atender à demanda neste primeiro momento.
Avanço da variante
O diretor-geral da Organização Mundial da Saúde (OMS), Tedros Adhanom Ghebreyesus, disse nesta segunda-feira (12), que a variante delta do coronavírus será predominante no mundo “em breve”.
Ao menos 104 países, entre eles o Brasil, já registram casos de infecção por esta variante do coronavírus, que é mais transmissível, segundo levantamento da agência de saúde das Nações Unidas.
Estudos recentes apontam que pessoas vacinadas com ao menos uma dose da AstraZeneca obtém proteção parcial de 76% contra a variante em até 21 dias após a primeira aplicação.
Paraíba.Com