A secretária da Mulher e Diversidade Humana da Paraíba, Lídia Moura, repudiou as falas que segundo ela, são machistas e preconceituosas, do deputado estadual Wallber Virgolino (Patriota), que rebateu uma crítica da senadora Daniella Ribeiro (Progressistas) ao evento da oposição ocorrido essa semana dizendo que ela seria “café com leite na política porque tem um tutor que fala por ela”.
“Além do machismo que as mulheres são desrespeitadas no cotidiano, há essa violência política que as mulheres são submetidas na mesma proporção das violências sofridas no cotidiano. A postura do deputado é atrasada. Uma mulher não precisa pedir permissão ao que ele apelida de tutor, a ele ou ninguém. O machismo não suporta que as mulheres façam o debate abertamente que ela está apta. Uma senadora não poder se pronunciar sobre um contexto politico, imagine quem pode? questionou Lídia.
Por sua vez a deputada Pollyana Dutra também tomou a defesa de Daniella e disse que as mulheres não podem aceitar esse tipo de comportamento.
“A luta das mulheres para ocupar os espaços na política foi árdua ao longo do último século e não podemos aceitar que uma linguagem machista nos diminua ou relegue essa luta à presença de homens que definem nossa presença ou não nos espaços de poder. Não podemos aceitar esse tipo de comportamento! Isso ressuscita um debate machista que, infelizmente, insiste em não ser superado” pontuou.
Inconformado com as declarações dadas pelas duas líderes políticas, Wallber mais uma vez teceu críticas e diminuiu o papel de ambas no protagonismo da política paraibana.
Com relação a Lídia ele disse que a secretária não teria poder de fala, repetindo apenas o que mandam e já sobre Pollyana o parlamentar disse que a deputada, que também já foi prefeita da cidade de Pombal seria “insignificante na política”.
Entenda
Daniella criticou o que considerou um debate antecipado sobre o nome da oposição a disputar o Governo do Estado e afirmou que as lideranças que estiveram no evento “estão cometendo os mesmos erros da outra eleição”, quando João Azevêdo ‘tratorou’ os adversários faturando a eleição no 1º turno.
“Estão cometendo os mesmos erros da outra eleição. Acho que não é tempo, não vejo como tempo para isso [encontro político]. Estamos a um ano da eleição. Quem tem compromisso com o povo, com a população está buscando fazer com que a gente passe por esse revés”, ponderou.
Ao que Wallber respondeu:
“A senadora é café com leite na política, pois tem um tutor que fala por ela. Intimamente falando, uma vez que fui também criticado, vou deixar para responder ao tutor no momento que ele descer de cima do muro.”
PB Agora