O entregador Nilton Ramon de Oliveira foi atingido por um tiro após uma discussão com o cabo Roy Martins Cavalcanti, que se recusou a sair de casa para receber um pedido de açaí. O PM, após uma discussão através do aplicativo com o entregador, seguiu o mesmo até o restaurante onde este trabalha, deu voz de prisão e o baleou.
“Enquanto minha esposa dava entrevista no hospital, tinha policiais gravando ela, tirando foto, zombando e rindo. Na minha concepção, policiais são pagos para proteger, não coagir, e ela se sentiu coagida”, afirma Luiz Carlos, parente de Nilton.
Pedido de Medidas Protetivas
Luís Carlos se reuniu com a Comissão de Direitos Humanos da Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj) onde pediu a medida protetiva para os familiares do entregador. “Eu clamo por justiça. A gente não sabe o que pode acontecer. O policial cometeu uma tentativa de homicídio contra meu cunhado, não pode ficar impune”, declara ele.
Outras Testemunhas do Caso
Yuri Oliveira, colega de trabalho de Nilton e testemunha do caso, declarou que Nilton estava se sentindo acuado devido à postura agressiva do PM, que já havia sacado a arma dentro do restaurante. “Ele já tinha sacado a arma pra ele antes dentro do restaurante. Tivemos que apaziguar”, comenta ela.
Yuri também testemunhou o momento do disparo, narrando que após uma nova discussão na rua, o Roy sacou a arma e disparou contra o Nilton.
O Episódio e suas Repercussões
A sequência dos eventos foi parcialmente registrada por Nilton em vídeo que circula pelas redes sociais, a arma do PM aparece na gravação. “Tô sendo ameaçado aqui, ó!”, narrou o entregador.
Já o atendente Jeferson Coimbra, que presenciou o disparo, disse que Roy prestou um primeiro socorro a Nilton, entrou no carro e foi embora, alegando ser policial.O cabo Roy se apresentou na 30ª DP (Marechal Hermes), e o caso está sendo investigado pela Corregedoria da PM. Seu RM como policial militar e comportamento hostil em relação ao entregador Nilton geraram uma onda de protestos por parte dos colegas desse último, que se manifestaram em frente ao condomínio onde todo o episódio começou.