A Polícia Federal informou, na manhã desta sexta-feira (01), que o casal Antônio Inácio da Silva Neto e Fabrícia Campos Farias, proprietários da Braiscompany, está à disposição da Justiça da Argentina no aguardo do processo de extradição para o Brasil. Até agora, no entanto, a corporação não detalhou o período em que deve ser concluído o trâmite.
Antônio e Fabrícia foram presos ontem (29) em Escobar, na Argentina. Segundo a PF, os dois eram vigiados há uma semana, inclusive com drones, e foram localizados em um condomínio de luxo. Eles eram procurados pela Difusão Vermelha da Interpol.
Natural de Cuité, na região do Curimataú da paraíba, Antônio Neto, juntamente com sua esposa, Fabrícia Farias Campos, estavam foragido há um ano, desde quando passaram a ser alvo de mandado de prisão da Justiça Federal em Campina Grande, onde funcionava a sede da sua empresa.
O paraibano é acusado de aplicar golpe de cerca de 400 milhões de dólares contra investidores a quem prometia lucros de até 10% ao mês. O esquema, de acordo com a investigação, era uma pirâmide financeira que levou muitos clientes à falência.
No início do mês, eles foram condenados pelo juiz Vinícius da Costa Vidor, da 4ª Vara Federal na Paraíba, a penas que superam 150 anos de prisão. O montante a ser reparado às suas vítimas é da ordem de mais de R$ 370 milhões, entre danos patrimoniais e coletivo.
Caçada internacional
Um dos golpistas mais procurados do Brasil, Antônio Inácio da Silva Neto havia entrado na Argentina em meados do ano passado, por Puerto Iguazú, por via terrestre. “Rumores dizem que ele pretendia fugir para Dubai com os milhões que arrecadou com o seu esquema de investimentos”, informa o Clarín.
Silva Neto viveu em diferentes partes dos subúrbios de Buenos Aires e da cidade de Buenos Aires, desde que fugiu do Brasil. Junto com sua esposa Fabricia Farías Campos, também presa nesta quinta-feira, o golpista morou em Palermo, depois em San Fernando, em San Isidro, em Nordelta e até no Howard Johnson de La Plata.
Identificado e abordado pela Polícia, ele – que usava a identidade de João Felipe Costa – ainda tentou fugir. Era tarde demais. De garoto propaganda em sites de fama para a foto com as mãos algemadas.
MaisPB