Com o aumento de casos e mortes devido à pandemia da covid-19, o governador da Paraíba, em entrevista ao programa ‘Conversa com o Governador’, nesta segunda-feira (24), não descartou a possibilidade de um decreto mais restritivo. O chefe do executivo também alertou sobre o relaxamento das medidas de proteção contra o vírus. Segundo ele, houve um abandono da população aos protocolos sanitários com o uso de máscara, distanciamento social e higienização das mãos, “nenhum decreto terá sucesso se não tiver a compreensão da população”, criticou.
“O esforço que nós fizemos em março, para que em abril nós colhêssemos os frutos está se perdendo, pois a população relaxou muito. Vamos pensar que a máscara é a forma real de proteção. Nenhum decreto terá sucesso se não tiver a compreensão da população”, disse.
Uma força-tarefa de combate e enfrentamento ao novo coronavírus está se intensificando e esse cenário, segundo o gestor, é devido a resistência de algumas pessoas, principalmente dos jovens em desconsiderar as medidas básicas de proteção contra a covid-19.
“No meio dos jovens a um consenso que não pegam essa doença e isso não é verdade. Tivemos o maior percentual de ocupação de leitos em uma única semana desde o início da pandemia. Repetimos que o uso de máscaras, distanciamento social, higienização das mãos e isolamento social, está sendo esquecido pela população. Cada vez mais o número de jovens hospitalizados é preocupante”, explicou.
De acordo com ele, a capacidade de leitos está sendo ampliada com a abertura de novos leitos, no entanto, o gestor frisa que “isso tem um limite”, ao alertar sobre o risco de colapso no sistema de saúde. “Mais 40 leitos no Hospital de Trauma e reformatando os leitos no Sertão. Esse trabalho é diário, mas isso tem um limite. Devemos lembrar que as bandeiras são para orientar os municípios e que os prefeitos possam implementar os decretos conforme o cenário. Essas medidas são necessárias para preservar vidas”, disse.
João reforçou o apelo para que as pessoas não relaxem e adotem as medidas sanitárias como proteção a própria vida. “Nós conseguimos reduzir com os decretos anteriores, tivemos redução dos casos que foi fruto dos decretos de março, entretanto, já estamos novamente numa ascendência de casos e óbitos. E isso só será contido com medidas que reduzam o fluxo de pessoas nas cidades”, disse.
Segundo dados do último boletim da Secretaria de Estado da Saúde (SES) divulgado no domingo (23), foram registrados 316.897 casos confirmados da doença, 897.750 testes para diagnóstico foram realizados. O estado totaliza 7.420 mortes. O boletim registra ainda um total de 219.619 pacientes recuperados da doença.