Um dos destaques de Cangaço Novo, série gravada em várias cidades do Cariri paraibano, Geyson Luiz começou a carreira artística na “corda bamba”. O ator fugiu de casa aos 13 anos para driblar a falta de apoio familiar e trabalhar em um circo. O pernambucano posteriormente se juntou à uma companhia de teatro e foi parar em Minas Gerais –chegando a morar na rua durante um tempo.
O intérprete reencontrou o caminho –não só de casa, mas também da própria carreira– com uma nova oportunidade no circo. Ele passou pelo picadeiro do Le Cirque e também pelo do ator Marcos Frota.
“Tudo soma em nosso amadurecimento como artista. Posso ter cem anos e essa vontade de aprender, conhecer o mundo, se perder para se encontrar, improvisar, conhecer novos caminhos, se equilibrar em uma ‘corda bamba'”, explica Luiz.
“Enfim, a vida e suas curiosidades são fruto dessa sagacidade e da generosidade de partilhar o sentimento mais intenso que a presença possa me retribuir”, acrescenta.
O ator Geyson Luiz
Geyson não esconde que já esperava o sucesso de Cangaço Novo desde as primeiras gravações. “É uma história que, mesmo sendo contada no sertão dos dias de hoje, revela um retrato humano que universaliza, chegando a todos uma abordagem honesta com a visceralidade dos fatos”, diz.
Ele, porém, se surpreendeu mesmo com as mensagens que recebeu pelas redes sociais:
São mensagens transformadoras, de pessoas que mudaram seus caminhos, e questionamentos com o que a obra tem proporcionado diante da honestidade dos fatos que são discutidos na trama. Também o reconhecimento pela responsabilidade de contar histórias duras, complexas, que são necessárias de serem discutidas com a sociedade.
Luiz também avalia que um dos méritos de Cangaço Novo é furar a bolha que só vê como histórias universais as que se passam no eixo Rio-São Paulo:
São muitas barreiras que nós, artistas das regiões Norte e Nordeste, temos de ultrapassar. Inúmeras dificuldades para conseguir uma oportunidade no mercado e, quando conseguimos, é num lugar marginalizado, submetido a uma justificativa repetitiva.
“Hoje, começamos a enxergar um novo horizonte e acende uma chama forte, potente, em que todo o país com a sua pluralidade artística se sente vivo, em lugares diferentes, novas narrativas e os olhares mais profundos que a nossa história carrega”, finaliza.
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