O ajudante de ordens do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) Mauro Cid é alvo de uma representação no Tribunal de Contas da União (TCU) apresentada na tarde desta sexta-feira (18). O Ministério Público quer saber se o tenente-coronel do Exército “apenas cumpria ordens” do ex-chefe ou se agiu com autonomia — tanto no caso da suposta fraude em cartões de vacina quanto no das joias estrangeiras dadas à Presidência que teriam sido desviadas para o acervo privado de Bolsonaro.
O ex-presidente nega participação nas irregularidades. O subprocurador-geral do Ministério Público no TCU Lucas Rocha Furtado, que assina o documento, quer saber se Cid “possuía autonomia nas suas decisões com possível desvio de conduta ante a ocorrência de atos ilícitos”. “Há no caso, a meu ver, possível desvio de conduta, haja vista que ninguém é obrigado cumprir ordens ilegais, quiçá eivadas de vícios que tipificam condutas criminais”, diz Furtado.
O subprocurador-geral pede ao TCU para “conhecer e avaliar a cadeia decisória nas tomadas de decisões na Presidência da República, especialmente na gestão de Jair Bolsonaro, a fim de identificar se o ex-ajudante Mauro Cid apenas cumpria ordens ou se possuía autonomia nas suas decisões com possível desvio de conduta ante a ocorrência de atos ilícitos”, diz a representação.
R7