A aprovação do governo Lula III segue oscilando para baixo na pesquisa Ipec (antigo Ibope), como já ocorreu nos meses de março e abril. Conforme apurou o ClickPB, a pesquisa contratada pelo Jornal O Globo e divulgada nesta sexta-feira (09) traz que a administração petista teve uma queda de 2% nos quesitos “boa” ou “ótima”, quando comparado ao mês de abril, chegando a 37%.
Em caminho inverso, as avaliações de “ruim” ou “péssima” oscilaram de 26% para 28%. Já o percentual de entrevistados que consideram ‘regular’ o governo de Lula subiu de 30% para 32%. Segundo o Ipec, os valores de 2% estão dentro da margem de erro, para mais ou para menos, porém de certa forma podem indicar uma tendência negativa da opinião pública em relação ao Executivo federal neste primeiro semestre de governo.
Para os analistas políticos, segundo O Globo, os sinais desfavoráveis surgem em meio à crise do governo com o Congresso e a dificuldade de formar uma base aliada. Por outro lado, vêm acompanhados de indicadores positivos na economia, como o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) no primeiro trimestre e a desaceleração da inflação.
O programa do governo para baixar o preço dos carros populares foi anunciado no dia 5, o último em que os pesquisadores do Ipec estiveram nas ruas, portanto só uma faixa residual dos entrevistados respondeu ao levantamento com essa notícia em mente.
Queda de 10% na aprovação no Nordeste
No Nordeste, única região onde Lula teve mais votos que Jair Bolsonaro no segundo turno das eleições, a taxa de aprovação ao governo recuou de 55% para 45% desde abril. Ainda assim, os moradores da região permanecem como o segmento que mais avalia a gestão Lula 3 como “boa” ou“ótima”. O maior percentual de avaliações “ruim” ou “péssima” foi registrado nas regiões Norte e Centro-Oeste: 33% — eram 21% há dois meses.
O eleitorado mais pobre, que vive mensalmente com até um salário mínimo, é o que mais aprova o governo Lula (43%), mas também nesse nicho houve variação negativa: eram 53% em abril. Na parcela mais rica da amostra, com ganhos acima de cinco salários mínimos por mês, o percentual de “bom” e “ótimo” trilhou o caminho oposto: oscilou de 30% para 36%.
Click PB