O governo Lula anunciou nesta quinta-feira (25), Dia da Indústria, medidas que serão adotadas para tentar reduzir os preços dos carros chamados “popular” como forma de aquecer o setor industrial, fetado pelas crises econômicas recentes.
A principal medida ligada à indústria automotiva é um desconto de IPI, PIS e Cofins para veículos de até R$ 120 mil. Para veículos de valor superior, não há mudanças anunciadas.
Os valores não foram divulgados mas, segundo Alckmin, “quanto menor o carro, mais acessível, maior será o desconto”.
“A proposta de estímulo é transitória, anticíclica, para esse momento de muita ociosidade na indústria. […] Hoje, o carro mais barato é quase R$ 70 mil”, declarou o vice-presidente Geraldo Alckmin.
Além do custo final do carro, o desconto também será maior para carros com menor emissão de poluentes e que tenham um número maior de componentes produzidos no Brasil.
Já o pacote de estímulo à indústria geral inclui:
a adoção da taxa referencial (TR) como taxa de juros para projetos de pesquisa e inovação – o que deve baratear os esforços da indústria nessas áreas;
R$ 4 bilhões do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Sustentável (BNDES) para financiamentos em dólar voltados a empresas que trabalham com exportação – o financiamento em dólar, segundo Alckmin, serve como uma proteção cambial.
O pacote de medidas para tentar baratear o carro “popular” foi coordenado por Geraldo Alckmin, que também é ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio e Serviços.
Atualmente no Brasil, o preço de partida do carro zero, sem contar com as medidas anunciadas nesta quinta-feira, é de cerca de R$ 68 mil, mais de 50 salários mínimos (que está em R$ 1.320,00).
A intenção de baratear os veículos foi manifestada publicamente pelo presidente Lula durante discurso no dia 4 de maio. Na ocasião, ele disse que carro de “R$ 90 mil não é popular”.
G1