O suplente de deputado, Paim (PL-PR), deve herdar a vaga de Deltan Dallagnol, que teve o mandato cassado, na Câmara Federal. A decisão é do Tribunal Regional Eleitoral do Paraná (TRE-PR). Embora Paim tenha recebido apenas 47 mil votos e tenha sido o sexto mais votado entre os não eleitos no Paraná, ele se beneficiou do quociente eleitoral do seu partido.
Apesar da decisão do TSE de manter os 345 mil votos recebidos pelo ex-deputado Deltan, o partido de Deltan, o Podemos, perdeu a vaga. O segundo mais votado do partido, o suplente Luiz Carlos Hauly, obteve menos de 12 mil votos e não alcançou a cláusula de desempenho. Por esse motivo, a vaga ficará com o PL, partido do ex-presidente Jair Bolsonaro. Com essa confirmação, o PL terá seu 100º parlamentar na Câmara, sendo a maior bancada da Casa.
Itamar Paim, natural de Paranaguá (PR) e residente em São José dos Pinhais (PR), na região metropolitana de Curitiba, assumirá seu primeiro cargo eletivo. Ele nunca havia disputado eleições até tentar uma vaga na Câmara no ano passado. Paim é membro da Igreja do Evangelho Quadrangular.
Deltan Dallagnol foi cassado sob alegação de ter abandonado a carreira de procurador da República enquanto respondia a uma série de sindicâncias. Ele pretende recorrer da decisão.
Em resposta à cassação, o deputado Capitão Augusto (PL-SP), vice-presidente do PL, está buscando o apoio de colegas da Câmara para apresentar uma Proposta de Emenda à Constituição (PEC) com o objetivo de anistiar Deltan Dallagnol (Podemos-PR) e reverter sua cassação. Segundo o parlamentar, a assessoria jurídica está finalizando o texto. Augusto está convencido de que Deltan não terá sucesso em seu recurso judicial.
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