Os 10% mais ricos de regiões metropolitanas brasileiras ganhavam, em média 31,2 vezes mais que os 40% mais pobres no último trimestre de 2022, de acordo com o boletim Desigualdade nas Metrópoles, divulgado nesta quinta-feira (13).
Segundo o levantamento, essa taxa cresceu ao longo de todo o ano de 2022, depois de cair durante 2021. O estudo leva em consideração três grupos de renda: os 10% mais ricos, os 50% intermediários e os 40% mais pobres.
No último trimestre de 2022, a renda média mensal per capita dos mais pobres foi de R$ 253,95; a do grupo intermediário, de R$ 1.530,96; e a dos mais ricos, de R$ 7.933,66.
Para determinar os rendimentos, o levantamento leva em consideração apenas os ganhos relativos a trabalho, desconsiderando benefícios sociais como o Auxílio Brasil, que foi substituído neste ano pelo Bolsa Família .
A média geral da renda do brasileiro no último trimestre de 2022 foi de R$ 1.644, 12,29% a mais que no mesmo período de 2021. O valor, porém, ainda está abaixo do registrado antes da pandemia de Covid-19 – em 2019, a média era de R$ 1.666.
Em comparação com o último trimestre de 2021, os rendimentos dos mais ricos subiram mais em 2022 do que os dos mais pobres. Enquanto os 10% mais ricos viram a renda crescer 14,75%, os 40% mais pobres viram alta de 11,88%.
O boletim Desigualdade nas Metrópoles é fruto de uma colaboração entre a Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUCRS), o INCT Observatório das Metrópoles e a Rede de Observatórios da Dívida Social na América Latina (RedODSAL).
Brasil Econômico