Depois da oferta inicial de 7,8%, mais R$ 200 de reajuste no auxílio alimentação a partir de março, o governo federal pode elevar esse percentual para 9%, a partir de abril, mas sem aumentar o valor destinado aos reajustes, de R$ 11,2 bilhões. A nova proposta do governo deverá ser apresentada ainda nesta semana, entre quinta e sexta-feira, e a expectativa das autoridades é que o acordo seja firmado até a semana que vem para dar tempo de o projeto de lei do reajuste tramitar no Congresso.
A expectativa é que os servidores aceitem a alternativa intermediária à contraproposta feita pelos trabalhadores, que passaram a pedir aumento de 13,5% neste ano. Na ocasião, as entidades de classe destacaram que o percentual de 7,8% está “muito aquém das perdas acumuladas nos últimos anos”.
A Mesa Nacional de Negociação Permanente entre o governo federal e os sindicatos dos servidores públicos foi reaberta em 6 de fevereiro, mas, apesar da disposição do Executivo em ouvir os trabalhadores, representantes reclamam da falta de vontade das autoridades para melhorar a proposta inicial, pois o governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) não aumentou o valor orçamentário para o reajuste que foi acordado na negociação do Orçamento de 2023.
A meta é conseguir chegar a um acordo para o reajuste deste ano nesta semana e abrir uma nova rodada de negociação para os reajustes de 2024, 2025 e 2026, após a apresentação do novo marco fiscal, que dará lugar à regra do teto de gastos, que limita o aumento das despesas do governo à inflação.
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