O médico oncologista Fernando André, em entrevista nesta quinta-feira (2), disse que o câncer de pâncreas ainda é um dos mais difíceis de ser identificado. Ainda alertou que a doença seria mais comum em alcoólatras, fumantes, diabéticos e sedentários.
“Estamos falando de uma doença silenciosa que quando ela vem a trazer sintomas já está em fase avançada. Diferente de outros canceres, que temos os exames e identificamos, não temos métodos que dê um diagnóstico mais precoce”, explicou.
Segundo o médico, geralmente, os pacientes recebem esse diagnóstico em algum exame feito por outro motivo. “Quando revela uma pancreatite suspeita, ou sintomas como icterícia, que dá uma coloração amarelada na pele e nos olhos e a perda de peso não intencional, é que temos um caso de alerta. Além disse, também dores abdominais, na lombar e na barriga”, destacou o especialista como acompanhou a reportagem.
Para ele, todo o cuidado é pouco, uma vez que o órgão é um dos mais importantes do corpo humano. “O pâncreas é um órgão muito nobre e importante. No diabético, ele tem a deficiência em secretar a insulina, além de produzir diversas enzimas que atuam no processo digestivo. O câncer de pâncreas pode ter como consequência a diabetes”, avaliou.
Ao ser questionado sobre a confusão recorrente que algumas pessoas fazem entre o câncer e a pancreatite, o especialista disse que a “pancreatite é uma inflamação do pâncreas que pode ser tanto de forma aguda como também crônica que vai perdendo a sua função. Já o câncer é o desenvolvimento de células malígnas com potencial de se disseminar pelo resto do corpo”, esclareceu.
“Combater os fatores de risco como alcoolismo, tabagismo, sedentarismo estão relacionados com as chances de desenvolver essa doença, assim como tantas outras.Acompanhamento médico regular deve ser prioridade. Sinais de alarme quando identificados, já se procede com a investigação. Até quando estamos nos sentindo bem é necessário avaliação periódica”, reforçou.
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