O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) está reunido com os ministros Rui Costa (Casa Civil), Fernando Haddad (Fazenda) e Alexandre Silveira (Minas e Energia) e com o presidente da Petrobras, Jean Paul Prates, para alinhar uma solução que diminua o impacto da volta da cobrança do PIS/Cofins no bolso do consumidor. A reunião acontece após depois de uma segunda-feira intensa de reuniões para resolver o imbróglio da volta da cobrança de impostos federais sobre os combustíveis.
A Fazenda confirmou a reoneração da gasolina e do etanol, com impacto de 28 bilhões de reais na arrecadação, mas não detalhou as alíquotas. Na noite de segunda-feira, Haddad afirmou para jornalistas que a Petrobras pode usar um “colchão” para absorver parte do impacto do aumento dos combustíveis. Para isso, não seria necessário mexer na política de paridade internacional, o chamado PPI. “[O uso do colchão] dentro do PPI significa respeitar o PPI. Significa que a atual política de preços da Petrobras tem um colchão que permite aumentar ou diminuir o preço dos combustíveis e ele pode ser utilizado”, disse. A última vez que a Petrobras ajustou o preço da gasolina foi em 25 de janeiro, com elevação de 7,46% no litro na refinaria.
Atualmente, o combustível vendido pela Petrobras está 7% mais caro que no mercado internacional, ou 21 centavos nas refinarias, segundo a Abicom, associação dos importadores de combustíveis. O impacto do aumento do PIS/Cofins e Cide combustíveis para o consumidor é de 0,69 centavos na bomba, segundo cálculos também da Abicom. Segundo a equipe de comunicação do Ministério da Fazenda, a alíquota de combustíveis fósseis será maior que a de biocombustíveis.
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