O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) de janeiro teve alta de 0,53%, pouco abaixo do registrado em dezembro (0,62%), de acordo com dados divulgados pelo Instituto Nacional de Geografia e Estatística (IBGE) nesta quinta-feira (9). O IPCA é considerado a inflação oficial do Brasil.
No acumulado dos últimos 12 meses, a alta da inflação é de 5,77%, contra 5,79% registrados nos 12 meses imeadiatamente anteriores, o que mostra uma desaceleração.
A alta registrada em janeiro foi puxada, sobretudo, pelo grupo de alimentação e bebidas (0,59%), que exerceu o maior impacto positivo sobre o IPCA. Itens como batata-inglesa (14,14%) e cenoura (17,55%) tiveram forte impacto.
“As altas nesses dois casos se explicam pela grande quantidade de chuvas nas regiões produtoras. Por outro lado, observamos queda de 22,68% no preço da cebola, por conta da maior oferta vindo das regiões Nordeste e Sul, item que teve alta de mais de 130% em 2022”, explica o gerente da pesquisa, Pedro Kislanov.
Depois dos alimentos, o grupo que mais impactou a alta da inflação foi o de transportes (0,55%), sobretudo por conta do aumento de 0,68% no preços dos combustíveis. “Nos transportes, os destaques foram a gasolina, com alta de 0,83%, o emplacamento e licença, que incorporou pela primeira vez a fração referente ao IPVA de 2023, com alta de 1,60%, e o automóvel novo, com aumento de 0,83%”, afirma Pedro.
Dos nove grupos analisados pelo IBGE, apenas o de vestuário teve variação negativa (-0,27%) em janeiro, primeira queda após 23 meses seguidos de alta. “O recuo em janeiro de 2023 se deve ao fato de várias lojas terem aplicado descontos sobre os preços que foram praticados em dezembro, para o Natal. O fator que mais influenciou no resultado foi uma queda de 1,37% no item de roupas femininas”, diz o gerente da pesquisa.
Brasil Econômico