A primeira reunião ministerial do governo, realizada na manhã desta sexta-feira (06), teve um recado claro do presidente Lula aos seus auxiliares. O presidente advertiu que os que tiverem alguma ação ilícita serão demitidos do governo.
“Quem fizer errado sabe que tem só um jeito: a pessoa será simplesmente, da forma mais educada possível, convidada a deixar o governo. E se cometer algo grave a pessoa terá que se colocar diante das investigações e da própria Justiça”, afirmou Lula na abertura do encontro que ocorre no Palácio do Planalto. O convite foi enviado para os 37 titulares das pastas.
De acordo com integrantes do primeiro escalão, o objetivo do encontro é alinhar as ações do governo e deixar claro que anúncios devem ter aval do Planalto. A ideia é que o presidente faça um alinhamento da gestão e comunicação, além de discutir as primeiras medidas a serem encampadas no início do governo.
O presidente também afirmou aos seus ministros que é preciso manter uma “boa relação com o Congresso Nacional” e que eles “têm a obrigação de manter a mais harmônica relação com o Congresso”.
“Muitos de vocês são resultado de acordos políticos, porque não adianta a gente ter o governo tecnicamente formado em Harvard e não ter o voto na Câmara dos Deputados e não ter o voto do Senado”, disse Lula. “Nós temos que saber que nós é que precisamos ter uma boa relação o Congresso e cada um de vocês, ministros, tem a obrigação de manter a mais harmônica relação com o Congresso Nacional. Não tem tem importância que você divirja de um deputado ou senador, quando a gente vai conversar, você não está propondo casamento, mas a gente está propondo aprovar um projeto ou fazer uma aliança momentânea em torno de um assunto que interessa ao povo brasileiro”.
O petista disse ainda que fará quantas conversas forem necessárias com lideranças, partidos políticos e os presidentes do Senado, Rodrigo Pacheco, e da Câmara, Arthur Lira. “Não tem veto ideológico para conversar e não tem assunto proibido em se tratando de coisas boas para o povo brasileiro”, afirmou o presidente.
O vice-presidente, Geraldo Alckmin (PSB), também usou a palavra e aproveitou a oportunidade para criticar Bolsonaro. Ele disse que, em quase 50 anos de vida pública, nunca viu um político usar tanto a máquina pública para tentar se reeleger.
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