O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC) se reúnes nesta quarta-feira (7) para definir pela última vez no ano a taxa básica de juros Selic, que está no patamar de 13,75% ao ano. O resultado será divulgado após o fechamento da Bolsa de Valores de hoje.
A expectativa do mercado é que a taxa permaneça estável. Segundo o relatório Focus, compilado pelo BC com analistas de mais de cem instituições financeiras, a taxa deve terminar o ano em 13,75%.
A Selic está no maior patamar dos últimos cinco anos, por se o principal instrumento do BC para controle da inflação.
Para 2023, os juros devem encerrar o ano a 11,5%, de acordo com o Grupo Consultivo Macroeconômico da ANBIMA (Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais). A taxa subiu um ponto percentual em relação à projeção aponta pelos economistas em outubro. Eles também postergaram a estimativa de início da redução dos juros, de junho para agosto do próximo ano.
No Boletim Focus a projeção é de que a taxa alcance 11,75%. A ata da reunião de hoje deve indicar os rumos do próximo ano, com risco fiscal da PEC de Transição na mira.
“Não acreditamos que o BCB reduza a Selic nas próximas reuniões. No cenário pré-eleição esperávamos o início de cortes no segundo semestre de 2023, mas devido aos ruídos recentes sobre política fiscal o cenário se tornou muito incerto. Também não esperamos nova deflação, o efeito dos cortes de impostos já foi completamente absorvido”, diz Victor Inoue, head de produtos da WIT Invest.
Segundo Inoue, além da PEC, a indefinição quanto ao próximo ministro da Fazenda deve pesar na ata, mas não influenciará no resultado da Selic.
“Não acredito que isso irá influenciar a decisão da reunião de dezembro, porém, caso os eventos citados levem a uma deterioração nas expectativas do mercado, principalmente das projeções de inflação e Selic, é provável que isso seja mencionado na ata da reunião do COPOM”.
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