O ministro da Economia, Paulo Guedes, afirmou nesta quinta-feira que “a prioridade absoluta” de um novo mandado do presidente Jair Bolsonaro, se reeleito, será “a garantia do Auxílio Brasil”. Para financiar o programa social, prometido em R$ 600 por Bolsonaro, Guedes disse ser necessário a tributação de lucros e dividendos. A declaração foi feita em entrevista à Suno Research.
— A prioridade absoluta é a garantia do Auxílio Brasil. Mais que triplicamos o programa e queremos garantir esse programa. A primeira coisa que temos que fazer é a tributação de lucros e dividendos para financiar esse auxílio. Isso já estava na Reforma Tributária — disse Guedes.
O ministro da Economia afirmou que a equipe do presidente quer avançar na Reforma Tributária, que está em análise pelo Senado. Ele defendeu que a não taxação de lucros e dividendos no Imposto de Renda “não é socialmente justo”.
— Lucros e dividendos não pagam. São mais de R$ 300 bilhões por ano auferidos em lucros e dividendos e pagam zero. Isso não é socialmente justo — avaliou.
Guedes saiu a favor de continuar a privatização de todas as estatais em um eventual novo mandato. Mas ponderou que “evidentemente, politicamente, não é o que vai acontecer”.
— Tem que privatizar essas empresas (estatais). O presidente (Bolsonaro) é que sabe, politicamente, até onde ele quer ir. Se perguntar para o ministro da Fazenda dele, tem sempre a mesma resposta: privatizar todas. Vamos continuar privatizando. Evidentemente, politicamente, não é o que vai acontecer — declarou Guedes.
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