Hoje em dia já sabemos que o marketing político nas redes sociais é peça fundamental para qualquer candidato que deseje ter um mínimo de chance de ser eleito para um cargo público. Com apensas 27 dias para as eleições de 02 de outubro, os professores em comunicação social Karla Cardoso Batista e Rodolpho Raphael de Oliveira Santos, destacam que uma campanha de marketing político digital não está completa, se não tiver entre seus elementos estruturais de destaque uma presença forte nas redes sociais.
Para Karla, o uso de redes sociais está se tornando cada vez mais comum na comunicação política em todo o mundo. “No Congresso brasileiro, absolutamente todos os parlamentares são usuários de alguma rede, aproveitando desse canal para comunicar as ações políticas desenvolvidas, bem como para prestar contas do mandato. O que este trabalho se propõe a analisar é justamente a utilização das redes como ferramentas do processo de comunicação política, como forma de estabelecer contato direto com os eleitores, sem a intermediação de jornalistas e os filtros da imprensa, assim também tem sido nas campanhas eleitorais”, afirma a professora que destaca ainda que as redes constituem um canal indispensável para o universo político, seja na campanha ou no mandato. “Isso significa o fim do monopólio da comunicação política mediada exclusivamente pelos media tradicionais. Na comunicação política atual, novos e velhos meios precisarão coexistir.”
De acordo com o relatório digital da colaboração entre a We Are Social e a Hootsuite 9 que pode ser acessada no link: (https://wearesocial.com/uk/blog/2021/01/digital-2021-the-latest-insights-into-the-state-of-digital/), o professor mapeou as estratégias e o público paraibano nas redes sociais, com foco no marketing político, onde afirma que as redes mais acessadas pela população do estado: 3,4 milhões no YouTube; 3,3 milhões no WhatsApp; 3,1 milhões no Facebook; 2,9 milhões no Instagram; 1,4 milhão no Twitter; e 1,2 milhão no TikTok.
“Hoje as coordenações de campanha passaram por um processo de reconfiguração muito forte. E, dentro desse processo, elas precisaram se adequar à nova forma que o eleitor pensa e produz a partir do conteúdo produzido. Quando a gente fala em marketing digital, nós levamos em consideração dois pontos importantes: o primeiro deles é a humanização do processo e, depois, os advogados de marca. O político hoje é uma marca, um produto que está sendo vendido, e o eleitor ‘compra’ o político através do voto, do discurso que é formado, através de todas as estratégias de marketing político. Todas essas ferramentas fazem com que o eleitor possa ter o processo decisório muito mais aguçado”, afirmou destacando ainda que com a transição da sociedade off-line para on-line, existem novas possibilidades a serem exploradas. Apesar de produzirem, por exemplo, vídeos curtos para novas plataformas resumidos em poucos segundos, por trás estão grandes produções e inúmeros profissionais envolvidos.