Ao analisar os dados recentes de janeiro a junho deste ano, a gerente da Unidade de Gestão Estratégica e Monitoramento do Sebrae/PB, Ivani Costa, destaca que os pequenos negócios foram responsáveis por gerar, em toda a Paraíba, 10.238 empregos com carteira assinada, comprovando, mais uma vez, a força do segmento para a economia do estado. Além disso, o saldo líquido de empregos gerados pelas micro e pequenas empresas somente em junho deste ano foi de 2.295, conforme levantamento realizado pelo Sebrae/ PB com base no Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged). Desde janeiro deste ano, as MPE só tiveram saldo positivo na geração de empregos da Paraíba.
Nestes seis primeiros meses de 2022, de acordo com os dados, as médias e grandes empresas registraram o fechamento de 3.008 vagas de emprego formal, enquanto a Administração Pública teve a abertura de 29 vagas no período. Dessa forma, o estado registrou a abertura de 6.747 postos de trabalho entre janeiro e junho deste ano. Somente no mês de junho, as MGE geraram 1.321 vagas de emprego, enquanto a Administração Pública registrou a abertura de três postos de trabalho, totalizando um saldo líquido de 3.602 vagas em toda a Paraíba.
Em relação aos setores, o que registrou maior número de empregos gerados pelos pequenos negócios entre janeiro e junho deste ano foi o de serviços, com 5.860 vagas criadas, representando 57,2% do total de aberturas do período. Na sequência, os setores que mais criaram postos de trabalho nos seis primeiros meses deste ano foram construção civil (2.141), comércio (1.248), indústria da transformação (994), serviços industriais de utilidade pública (SIUP) (141) e indústria extrativa mineral (56). Somente o segmento da agropecuária registrou, no período, fechamento de vagas, com saldo negativo de 202 postos de trabalho.
Segundo Ivani Costa, esse aumento nas vagas de emprego com carteira assinada no setor de serviços acontece em um momento muito importante da economia estadual. Conforme avaliou, parte dessa alta é atribuída a uma resposta do mercado a demandas que foram congeladas durante o período pré-imunização da Covid-19. Dessa forma, os brasileiros retomaram seus planos de consumo de serviços, como viagens e acesso a eventos de lazer e entretenimento, bem como os ligados à saúde, tendo em vista a recente priorização dos cuidados com saúde e bem-estar na composição do orçamento das famílias. “O que se vê é a contratação de profissionais de serviços ligados direta ou indiretamente a esses segmentos. Ainda é cedo para apontar uma tendência mais prolongada. Isso está no processo de rápida contratação das empresas em resposta à demanda. Sobre o aspecto de qualificação, é natural que as empresas busquem aqueles profissionais já mais experientes. Para os que ainda estão buscando novas oportunidades, a dica é investir na formação pessoal em áreas mais específicas”, afirmou.