O governo quer incluir no Auxílio Brasil cerca de 2,2 milhões de famílias, segundo técnicos do Ministério da Cidadania. O número exato de novos beneficiários do programa de transferência de renda está sendo finalizado pela pasta.
Essas famílias vão ingressar no programa, recebendo piso de R$ 600, conforme prevê a Proposta de Emenda Constitucional (PEC) Eleitoral que amplia os benefícios sociais às vésperas das eleições.
A PEC, promulgada recentemente pelo Congresso, prevê a inclusão no programa de cerca de 1,6 milhão de famílias que já estavam à espera do auxílio até meados de julho. Mas a orientação do governo é zerar a fila em agosto e nos próximos meses até dezembro, disse um interlocutor.
Com a piora dos indicadores econômicos, como alta da inflação, a fila cresce todo mês.
O plano do Ministério é começar a realizar o pagamento para essas famílias a partir de 09 de agosto, junto aos demais benefícios do Auxílio Brasil.
O cronograma de pagamento tradicional, nos últimos 10 dias úteis de cada mês, será antecipado para 09 de agosto. Mas a expectativa é a que mudança seja definitiva, segundo técnicos do Cidadania.
O novo calendário de pagamento deve começar sempre primeira quinzena de cada mês, dependendo da capacidade de pagamento da Caixa Econômica Federal.
Caso zere a fila em agosto, o Auxílio Brasil chegará a mais de 20 milhões de famílias, neste mês. Em julho, o programa atendeu 18,1 milhões, com um benefício de pelo menos R$ 400. A PEC amplia o valor em R$ 200 até dezembro de 2022.
Uma parte dos novos benefícios já está recebendo em suas residências o novo cartão do Auxílio Brasil, que permite fazer operações de débito. Quem não receber o cartão poderá procurar as agências da Caixa para sacar o dinheiro, de acordo com o NIS.
O Cidadania informa que está em contato com essas famílias que estão consideradas elegíveis ao benefício. Elas também poderão consultar os dados nos aplicativos do Cadastro Único e do Auxílio Brasil.