O secretário do Tesouro e Orçamento do Ministério da Economia, Esteves Colnago, afirmou nesta segunda-feira (25) que o Auxílio Brasil não terá parcela mínima de R$ 600 na proposta do Orçamento para 2023, que precisa ser enviada pelo governo ao Congresso até 31 de agosto.
“Temos um marco legal e a obrigação do marco legal é de um auxílio de R$ 400. Acho que não vamos ter uma mudança de marco legal até a PLOA [proposta de orçamento]. Acho que a PLOA deve vir com R$ 400”, disse Colnago em entrevista coletiva.
Segundo o secretário, caso o desejo do governo seja manter o benefício em R$ 600, serão necessários mais R$ 50 bilhões a R$ 60 bilhões. Valor que teria que ser encaixado dentro do teto de gastos, lei que regula aumento da verba da União de acordo com a inflação no ano enterior.
“As últimas discricionárias [não obrigatórias] estavam em 120 bilhões, 130 bilhões [ao ano], então criar um conjunto de obrigatórias que somam 50, 60 bi, nosso volume de discricionária vai cair para 70 bi, o que seria muito difícil ao longo do exercício”, afirmou Colnago.
“Em torno de 70 baixo [bilhões de despesas discricionárias], talvez a gente consiga sobreviver atender o mínimo das políticas, mas é um desafio”, completou.