O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, autorizou o paraibano Rodrigo Lima de Araújo e Silva a retomar o uso das redes sociais, exclusivamente para atividades profissionais. Investigado por suposta participação nos atos de 8 de janeiro, ele havia sido proibido de acessar plataformas digitais desde abril de 2024, como parte das condições de sua liberdade provisória.
A decisão, tomada após pedido da defesa, considerou a “situação extraordinária” do caso. Professor de marketing, Lima alegou que depende das redes para garantir sua subsistência e vinha enfrentando dificuldades financeiras, sobrevivendo com ajuda de familiares.
Apesar da autorização, outras restrições foram mantidas, incluindo recolhimento noturno, uso de tornozeleira eletrônica, proibição de contato com outros investigados e entrega dos passaportes. A defesa deverá detalhar ao STF como ele utilizará as redes sociais dentro dos limites estabelecidos.
O caso continua sob investigação, com novas diligências sendo conduzidas. Lima é apontado como um dos organizadores da chamada “festa da Selma”, evento supostamente utilizado para mobilizar os atos antidemocráticos de 8 de janeiro, que resultaram na depredação dos prédios dos três poderes em Brasília. Ele também é acusado de liderar um acampamento bolsonarista em João Pessoa após a derrota eleitoral de Jair Bolsonaro.
Jornalista e publicitário, Rodrigo Lima foi candidato a vereador em João Pessoa em 2016 e agora tenta retomar suas atividades profissionais enquanto segue respondendo à investigação no STF.
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